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Concentração bancária cai para 81%, revela BC

Publicado 04.06.2020, 09:59
Atualizado 04.06.2020, 10:20
© Reuters.
BBAS3
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BBDC4
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SANB11
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Agência Brasil - A concentração bancária caiu levemente no ano passado, informou hoje (4) o Banco Central (BC), através do Relatório de Economia Bancária de 2019.

No ano passado, os cinco maiores bancos do país - Banco do Brasil (SA:BBAS3), Itaú Unibanco, Bradesco (SA:BBDC4), Caixa Econômica Federal e Santander (SA:SANB11) – detinham 81% dos ativos totais do segmento bancário comercial. No final de 2018, esse percentual era 81,2%.

Os cinco maiores bancos eram responsáveis por 83,4% dos depósitos no final do ano passado, contra 83,8%, em 2018. No caso do crédito, esse grupo respondeu por 83,7% do total das operações em 2019, contra 84,8% do ano anterior.

Segundo o relatório, houve redução das participações dos bancos públicos federais - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

“A redução da participação dos principais bancos públicos federais foi, em alguma medida, acompanhada por um aumento na concentração entre as instituições privadas, mas não o suficiente para aumentar a concentração total”, disse o BC.

Expectativas para o crédito

Em pesquisa junto a instituições financeiras sobre as condições de crédito, realizada entre 27 de abril e 5 de maio, o Banco Central mostra que os bancos esperam crescimento de 2,8% no saldo do crédito para as grandes empresas este ano, representando uma recuperação da queda observada em 2019. 

Antes da pandemia da Covid-19, a primeira pesquisa, realizada entre 2 e 10 de março, indicava expansão de 5%. De acordo com o BC, a expectativa de expansão é decorrente da busca por liquidez por essas empresas e da escassez dos recursos externos.

No crédito para as micro, pequenas e médias empresas, a mediana (desconsiderando os extremos nas projeções) das expectativas é de crescimento de 5% (6,5% na primeira coleta), semelhante ao observado em 2019.

Segundo o relatório, é no crédito para pessoas físicas que há queda significativa nas expectativas. A estimativa para o crescimento no saldo do crédito para consumo passou de 12% na primeira pesquisa para 6,2%, na segunda. No crédito habitacional, a expectativa é de queda no saldo de 0,3%, ante crescimento de 9% na primeira coleta do ano.

A expectativa da taxa de inadimplência é de 2,8% para grandes empresas, 4,9% para as micro, pequenas e médias empresas, 5,9% para consumo e 2,3% para crédito habitacional para pessoas físicas, neste ano.

Projeção

A projeção do BC para a evolução do saldo de crédito bancário em 2020 passou dos 4,8%, divulgados na edição de março do Relatório de Inflação, para 7,6%. 

O Banco Central costuma divulgar a projeção para o crédito trimestralmente no Relatório de Inflação, mas devido à mudança de conjuntura causada pela pandemia de Covid-19, optou por antecipar a projeção.

“O aumento na estimativa reflete a ampliação do volume de empréstimos desde meados de março, repercutindo os impactos da pandemia. Em especial, a aceleração de concessões repercute, principalmente, a busca por recursos por parte de empresas face à redução dos fluxos de caixa. Ressalte-se, adicionalmente, que o movimento também está influenciado pelos efeitos das medidas que abrangeram o mercado de crédito, buscando mitigar [reduzir] danos econômicos causados pelo surto de Covid-19”, disse o BC, no relatório.

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