O depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, à Polícia Federal, na 5ª feira (30.ago.2023), só durou cerca de 3 horas, embora ele tenha ficado no prédio da corporação em Brasília por 12 horas. Motivo da demora para a conclusão da oitiva: a defesa só teve acesso aos documentos da investigação no dia.
O Poder360 apurou que a defesa de Cid teve acesso aos documentos físicos da investigação que apura suposto esquema de venda de joias no exterior na manhã de 5ª feira (31.ago). Há pastas com mais de 20.000 folhas. Isso teria levado à permanência do ex-ajudante, que acompanhou a análise do inquérito, e seus advogados na sede da PF.
A PF ouviu 8 pessoas ligadas ao caso das joias na 5ª feira:
- Jair e Michelle Bolsonaro;
- tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de Bolsonaro;
- general Mauro César Lourena Cid – pai de Cid;
- Frederick Wassef – advogado da família Bolsonaro;
- Fabio Wajngarten – advogado e assessor de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara – ex-assessor de Bolsonaro;
- Osmar Crivelatti – ex-assessor de Bolsonaro.
Todos os depoimentos foram iniciados por volta de 11h.
Os Bolsonaros, Wajngarten e Câmara ficaram em silêncio. Afirmaram que só falarão se o caso das joias estiver tramitando na 1ª instância, não no STF (Supremo Tribunal Federal).
POSSÍVEL DELAÇÃO
Há interesse da equipe de Mauro Cid em realizar uma delação premiada. O Poder360 apurou, no entanto, que as dificuldades para a defesa ter acesso aos inquéritos têm sido um obstáculo nas negociações com a PF.