O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, “deixou claro”, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que os EUA discordam do petista, que comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler (1889-1945) na 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
A informação foi revelada na 4ª feira (21.fev.2024), no Departamento de Estado dos EUA, pelo o porta-voz Matthew Miller. Perguntado por uma jornalista, Miller afirmou que Lula e Blinken conversaram sobre o conflito e o secretário disse que os EUA não concordam com as declarações do presidente brasileiro.
O governo brasileiro, por sua vez, nem comentou o tema em nota oficial, na tentativa de frear a escalada da crise diplomática. Miller informou, ainda, que Blinken discutiu o empenho dos EUA para facilitar a libertação dos reféns em Gaza, aumentar a assistência humanitária e melhorar a proteção dos civis palestinos.
oficialmente, só acenos positivos
Ao deixar o encontro com Lula, Blinken disse brevemente que a visita foi “ótima”, ressaltou a parceria com o Brasil em assuntos bilaterais, regionais e globais e agradeceu pela “amizade” entre os 2 países.
“Foi uma ótima reunião. Sou grato ao presidente pelo seu tempo. Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos. Estamos trabalhando conjuntamente em assuntos bilaterais, regionais e globais. É uma parceria muito importante e somos gratos ao Brasil pela amizade”, disse a jornalistas.
Assista (50s):
Questionado se havia tratado do conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza durante a conversa com Lula, o secretário não respondeu.
O encontro se deu 1 dia depois de o porta-voz Matthew Miller ter dito que o país discorda da comparação feita por Lula sobre a ação israelense na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler na Alemanha nazista.
Eu seu perfil no X (antigo Twitter), Blinken afirmou que o Brasil é “um parceiro fundamental em muitas questões, incluindo o combate à crise climática e a promoção dos direitos humanos e trabalhistas”.