Líderes da França, Alemanha, Itália, Reino Unido e EUA expressaram nesta 2ª feira (9.out.2023) apoio a Israel e condenaram o Hamas por suas “ações terroristas”. Os países disseram que o grupo não representa o povo palestino e se comprometeram a apoiar o Estado judeu contra a ofensiva do grupo extremista. Leia a íntegra, em inglês (PDF – 122 kB).
Em declaração conjunta emitida pelos líderes mundiais, incluindo o presidente Emmanuel Macron (França), o chanceler Olaf Scholz (Alemanha), a primeiro-ministra Giorgia Meloni (Itália), o premiê Rishi Sunak (Reino Unido) e o presidente Joe Biden (Estados Unidos), eles se comprometeram a apoiar Israel em seus esforços de autodefesa e na “proteção de seu povo”.
“Deixemos claro que as ações terroristas do Hamas não têm justificação, não possuem legitimidade e devem ser condenadas universalmente. Nunca há justificativa para o terrorismo”, diz trecho do documento. Também disseram que este não é o momento para qualquer “parte hostil a Israel” tirar proveito dos ataques para obter vantagens.
O comunicado cita os ataques do grupo extremista Hamas que tiveram início na manhã de sábado (7.out), entre eles, a morte de mais de 200 pessoas no festival de música eletrônica Universo Paralello, próximo à Faixa de Gaza, e o sequestro de “mulheres idosas, crianças e famílias inteiras, que agora estão sendo mantidas como reféns”.
Nesta 2ª (9.out), o Hamas ameaçou executar os reféns israelenses em retaliação a cada ataque de Israel que atingir alvos civis em Gaza sem aviso prévio. O comunicado foi feito por Abu Obaida, porta-voz da ala militar da organização, em declarações transmitidas no canal da Al Jazeera.
Nos próximos dias, os países afirmaram que permanecerão “unidos e coordenados” como aliados e “amigos” de Israel para garantir sua defesa. Afirmaram reconhecer as “legítimas aspirações do povo palestino”, mas que o Hamas não representa essas aspirações e só contribui para “mais terror e derramamento de sangue”.
Saiba mais sobre a guerra em Israel:
- o grupo extremista Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro;
- cerca de 2.000 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza; extremistas também teriam se infiltrado em cidades israelenses –há relatos de sequestro de soldados e civis;
- o Hamas assumiu a autoria dos ataques em nota oficial publicada (8.out) em seu site;
- Israel respondeu com bombardeios em alvos na Faixa de Gaza;
- o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou (8.out) guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo;
- líderes mundiais como Joe Biden e Emmanuel Macron condenaram os ataques –entidades judaicas fizeram o mesmo;
- Irã e Hezbollah comemoraram a ação do Hamas;
- o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, determinou na 2ª feira (9.out) um “cerco completo” à Faixa de Gaza;
- Lula chamou os ataques do Hamas de “terrorismo”, mas relativizou episódio;
- 1 brasileiro se feriu e 2 estão desaparecidos em Israel, diz Itamaraty;
- haverá uma operação do governo Lula para repatriar brasileiros em áreas atingidas pelos ataques;
- Embaixada de Israel no Brasil chamou Hamas de “ramo” do regime iraniano;
- Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, também se pronunciaram e fizeram apelo pela paz;
- Bolsonaro (PL) repudiou os ataques e associou o Hamas a Lula;
- ENTENDA – saiba o que é o Hamas e o histórico do conflito com Israel;
- ANÁLISE – Conflito é entre Irã e Israel e potencial de escalada é incerto;
- OPINIÃO – Relação Hamas-Irã é obstáculo para a paz, escreve Claudio Lottenberg;
- FOTOS E VÍDEOS – veja imagens da guerra.
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