Ministros e congressistas aliados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoraram nesta 4ª feira (6.set.2023) a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), de anular todas as provas do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht (hoje Novonor). Os depoimentos foram usados em condenações resultantes da operação Lava Jato.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse em seu perfil no X (ex-Twitter) que a decisão tem alcance de natureza jurídica e política. Ele declarou que, quando o Ministério da Justiça receber oficialmente o parecer, vai enviá-lo à PF (Polícia Federal) “para o cumprimento da determinação de apuração de responsabilidade criminal de agentes públicos”. De acordo com Dino, episódio é “uma página trevosa” na história do Brasil.
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, também se manifestou sobre o assunto. Ele afirmou que “sempre” esteve ciente que a operação, que acarretou na prisão de Lula, foi a “maior farsa judicial do Brasil”.
“O erro histórico que foi a Lava Jato teve responsáveis que devem ser punidos! A verdade, finalmente, está prevalecendo!”, publicou.
Para a presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffmann (PT-PR), a decisão “exemplar” confirma o que sempre foi dito pelos apoiadores do petista sobre a “farsa” da operação e “maior armação judicial e midiática que já se fez contra um grande líder”. E declara: “Cedo ou tarde a verdade sempre vence. Os que mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes.”