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(Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou na manhã desta quinta-feira a aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil por mês na Câmara dos Deputados, acrescentando que não espera ter problemas com a votação da matéria no Senado.
"Acredito que foi um golaço", afirmou Haddad em referência à votação da noite anterior na Câmara. "Eu não acredito que teremos problema nenhum no Senado."
Falando a jornalistas em Brasília, Haddad afirmou que ainda conversará com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre a tramitação no Senado, mas reforçou que não espera ter dificuldades na Casa.
"Não acredito que vá haver problemas, inclusive porque este projeto não busca só justiça tributária, ele busca justiça tributária com ancoragem fiscal", disse Haddad.
"Você tem cerca de 15 milhões de pessoas que vão ser beneficiadas -- 10 milhões que deixam de pagar imposto e 5 milhões que pagam menos", acrescentou.
Haddad disse ainda que a medida provisória que altera as alíquotas de imposto de várias aplicações financeiras está "amadurecendo" e que a Fazenda tem negociado a proposta com os líderes. A MP, que sequer foi aprovada em comissão mista no Congresso, perderá validade na quarta-feira da próxima semana caso não seja aprovada até lá pelos plenários da Câmara e do Senado.
"Passamos o dia de ontem negociando aqui na Fazenda com os líderes, vieram líderes de praticamente todos os partidos aqui, todo mundo querendo colaborar", disse.
"Eu acredito que amadureceu muito. Não posso antecipar, porque as negociações precisam ser concluídas, mas eu penso que amadureceu muito o consenso em torno da necessidade de corrigir essas distorções."
O ministro disse ainda não ter conhecimento sobre se foi definida uma data para um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas afirmou que as tratativas neste sentido estão em andamento.
Ele afirmou ainda que em breve viajará para Washington e não descartou a possibilidade de se reunir com autoridades norte-americanas, em meio às tarifas comerciais impostas pelo governo Trump a uma série de produtos brasileiros.
"Eu provavelmente vou não na próxima semana, na outra, para Washington, porque tenho encontros lá e tem o G20, eu devo ir para lá e também vai ser uma oportunidade para poder conversar", disse.
(Por Eduardo Simões e Fabrício de Castro, em São Paulo)