Lula abre Assembleia Geral da ONU 1 dia após novas sanções dos EUA

Publicado 23.09.2025, 05:40
© Reuters Lula abre Assembleia Geral da ONU 1 dia após novas sanções dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abre nesta 3ª feira (23.set.2025) a 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, 1 dia depois dos Estados Unidos aplicarem novas sanções contra o Brasil.

No discurso que fará na ONU, Lula deve abordar temas que tradicionalmente leva às cúpulas internacionais, como a defesa da democracia, o combate à fome e a recuperação da relevância dos mecanismos multilaterais globais.

Lula também deve usar o espaço na ONU para reforçar a defesa da soberania brasileira e a recusa em aceitar qualquer interferência internacional.

Na 2ª feira (22.set), a administração do presidente Donald Trump (Partido Republicano) anunciou a aplicação de sanções da Lei Magnitsky à mulher do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e ao instituto Lex, que é ligado à família do magistrado. O Ministério das Relações Exteriores declarou, em nota, que a ação é “indevida” e representa um “novo ataque à soberania brasileira”. Moraes já é alvo das sanções.

O governo Lula defendeu a atuação do ministro e do STF no processo contra Bolsonaro e aliados. O comunicado diz que a ação da Casa Branca não conseguirá beneficiar os responsáveis por liderarem “a tentativa frustrada” de golpe de Estado. “O Brasil não se curvará a mais essa agressão”, diz o governo.

Conforme a PGR (Procuradoria Geral da República), 8 ministros do STF tiveram seus vistos revogados. O governo dos Estados Unidos ainda revogou o visto do ministro da AGU (Advocacia Geral da União), Jorge Messias.

Desde os anos de 1950, o Brasil é o 1º país a discursar na Assembleia Geral. Não é uma regra, mas virou tradição. Lula falará logo depois da abertura da sessão feita pelo secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, e pela presidente da 80ª Assembleia Geral, a alemã Annalena Baerbock.

Logo depois do presidente brasileiro, será a vez de Donald Trump (Partido Republicano), presidente dos Estados Unidos, país que sedia as Nações Unidas. Depois de Trump, mais 30 líderes mundiais vão discursar, 14 deles na parte da manhã e o restante no período da tarde, a partir das 16h.

O discurso de Lula está previsto para as 10h (no horário de Brasília). Será o 10º feito pelo petista. Em seus 3 mandatos, deixou de ir à ONU apenas uma vez, em 2010, quando disse que estava focado na campanha eleitoral para eleger sua sucessora, Dilma Rousseff (PT).

Leia a ordem dos discursos do dia no período da manhã (previsão de início às 10h de Brasília):

  • António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas;
  • Annalena Baerbock, presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas;
  • Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil;
  • Donald Trump, presidente dos Estados Unidos;
  • Prabowo Subianto, presidente da Indonésia;
  • Recep Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia;
  • Dina Ercilia Boluarte Zegarra, presidente do Peru;
  • Abdullah 2º, rei da Jordânia;
  • Jae Myung Lee, presidente da Coreia do Sul;
  • Tamim bin Hamad Al Thani, emir do Qatar;
  • Jennifer Geerlings-Simons, presidente do Suriname;
  • Gitanas Nausėda, presidente da Lituânia;
  • Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal
  • Yamandú Orsi, presidente do Uruguai;
  • Nataša Pirc Musar, presidente da Eslovênia;
  • Kassym-Jomart Tokayev, presidente do Cazaquistão;
  • Cyril Matamela Ramaphosa, presidente da África do Sul;
  • Shavkat Mirziyoyev, presidente do Usbequistão.

Leia a ordem dos discursos do dia no período da tarde (previsão de início às 16h de Brasília):

  • Khurelsukh Ukhnaa, presidente da Mongólia;
  • Serdar Berdimuhamedov, presidente do Turcomenistão;
  • Gabriel Boric, presidente do Chile;
  • Emomali Rahmon, presidente do Tajiquistão;
  • Joseph Aoun, presidente do Líbano;
  • Emmanuel Macron, presidente da França;
  • Sadyr Zhaparov, presidente do Quirguistão;
  • Gustavo Petro, presidente da Colômbia;
  • Karol Nawrocki, presidente da Polônia;
  • Daniel Francisco Chapo, presidente de Moçambique;
  • Luong Cuong, presidente do Vietnã;
  • João Manuel Gonçalves Lourenço, presidente da Angola;
  • Joseph Nyuma Boakai, presidente da Libéria;
  • Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo, presidente da República Democrática do Congo;
  • Abdullatif Jamal Rashid, presidente do Iraque;
  • David Ranibok Adeang, presidente de Nauru.

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