Brasília e São Paulo - Para tentar conter a investida de Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo, o petista Luiz Inácio Lula da Silva pretende buscar prefeitos do Estado e dar a largada na campanha para o segundo turno com três eventos em cidades paulistas, ao lado do candidato do PT ao governo estadual, Fernando Haddad. Lula se reuniu na manhã desta terça, 4, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e com o coordenador de programa de governo Aloizio Mercadante, além de integrantes da equipe de Haddad.
A decisão inicial é reunir cerca de 100 prefeitos em ato em Campinas no sábado e fazer uma caminhada na cidade, onde o desempenho do PT foi ruim no primeiro turno, segundo o coordenador-geral da campanha de Haddad, Luiz Marinho.
Antes disso, Lula fará dois eventos também em São Paulo com Haddad. O primeiro no berço político do ex-presidente, São Bernardo do Campo, na quinta-feira, e outro em cidade da região metropolitana ainda não definida, na sexta-feira. "Agora é Lula e Haddad e Haddad e Lula", disse Marinho.
Enquanto o comando da campanha nacional fica reunido no QG de Lula, no Pacaembu, Bolsonaro deve se encontrar com Rodrigo Garcia (PSDB) para selar o apoio do tucano ao candidato bolsonarista em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Haddad tentou buscar o apoio de Garcia através de interlocutores. Ontem, o próprio Lula disse que falaria com o governador se preciso, mas Garcia caminha para anunciar apoio a Tarcísio, que teve a adesão nesta terça-feira ainda do PP. "Vamos estar no palanque juntos? Não. Mas vamos ter adesões do PSDB porque faz sentido", afirmou Tarcísio durante o ato de apoio dos pepistas. "Eu acho que existe no PSDB uma adesão natural à uma linha antiPT, linha programática. Não imagino o PSDB apoiando agora o PT. Acho que isso não vai acontecer."
Haddad e Tarcísio foram ao segundo turno com o petista atrás do ex-ministro de Bolsonaro, ao contrário do que mostravam as pesquisas. Em reunião de coordenação geral nesta segunda-feira, Lula reclamou da organização da campanha de Haddad.