O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira, 15, ao criticar Jair Bolsonaro (PL), que um presidente não pode ser refém do Congresso Nacional. Segundo ele, Bolsonaro "não pode sequer cuidar do Orçamento". Na onda de críticas, Lula citou o corte de verbas do programa Farmácia Popular feito pelo governo Bolsonaro. "Ele acaba de tirar dinheiro da Farmácia Popular para colocar no Orçamento Secreto. Para tentar ajudar os deputados, ajudar a financiar a campanha dele. Não é lógico, não é racional", afirmou aos jornalistas em Montes Claros (MG).
Como mostrou o Estadão/Broadcast, o governo Bolsonaro cortou em 59% o orçamento de 2023 da gratuidade do programa Farmácia Popular, que atende mais de 21 milhões de brasileiros, para garantir mais recursos para o orçamento secreto - esquema de transferência de verbas a parlamentares sem transparência. Lula também afirmou que "um presidente não pode ficar ofendendo a Suprema Corte". Ele havia sido questionado sobre o aumento de casos de violência política durante a campanha presidencial.