O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou nesta 2ª feira (22.abr.2024) a criticar o valor dos juros. Disse que, já que não tem controle sobre a Selic, “vai fazer o que pode” para baratear o crédito no país.
“Ninguém falou mal de juros, ninguém falou mal. Todo mundo sabe que tá difícil, mas hoje aqui a gente tomou a seguinte decisão: a gente não vai ficar lamentando aquilo que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer o que a gente pode”, declarou Lula.
A fala foi feita durante cerimônia de lançamento do programa Acredita, voltado para a renegociação de dívidas para pequenos negócios, os MEIs (microempreendedores individuais), microempresas e empresas de pequeno porte.
Desde o início de seu 3° mandato, o chefe do Executivo tem feito críticas à taxa básica de juros, que está em 11,25%, menor nível desde março de 2022.
No evento desta 2ª feira (22.abr), Lula não mencionou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O petista já disse que Campos Neto contribui para o “atraso do crescimento econômico” do país.
Os ataques de Lula e do PT (Partido dos Trabalhadores) ao BC começaram em 18 de janeiro de 2023. Desde o início de seu mandato, o presidente e seus aliados criticaram o presidente do BC ao menos 101 vezes.
GOVERNO LANÇA PROGRAMA DE CRÉDITO
O governo lançou nesta 2ª feira (22.abr) o programa de crédito e renegociação de dívidas para pequenos negócios, o Acredita. A iniciativa é voltada para MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte. Eis a íntegra (PDF – 2 MB).
Lula assinou a medida provisória que libera crédito para os beneficiários do Bolsa Família e constam no CadÚnico (Cadastro Único) que se formalizarem como microempreendedores.
O programa Acredita terá 4 eixos:
- Acredita no 1º passo – microcrédito para inscritos no CadÚnico;
- Acredita no seu negócio – Desenrola Pequenos Negócios (para renegociar dívidas de MEIs) e ProCred 360 (crédito com taxas até 50% menores do que o mercado para empresas com faturamento anual de até R$ 360 mil);
- Acredita no crédito imobiliário – para famílias que não atendem requisitos para participar de programas de moradia popular, mas não têm condições de financiar a compra da moradia própria;
- Acredita no Brasil sustentável – voltado ao financiamento para a “transformação ecológica” com linhas de crédito que usam recursos externos.