Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem qualquer impedimento para voltar a trabalhar após ser submetido a uma cirurgia no quadril direito, desde que por meio do telefone ou teleconferências e mantenha sua rotina de fisioterapia, informou o médico Roberto Kalil, acrescentando que visitas estão proibidas pelo menos nas duas primeiras semanas do pós-operatório.
Médico de Lula de longa data, Kalil disse que não há grandes alterações no outro quadril do presidente e não há programação de uma cirurgia do tipo no lado esquerdo.
"O presidente fará fisioterapia, mas nada impede dele, à distância, trabalhar normalmente, dependendo da vontade dele e da necessidade", disse o médico em entrevista à GloboNews, acrescentando que visitas estão "terminantemente proibidas pelo menos pelas duas primeiras semanas".
"Não há nenhum impedimento. O presidente não está doente. O presidente apenas está fazendo sessões de fisioterapia após uma cirurgia", afirmou.
"Conversamos muito com o presidente, com a Janja, em relação a não receber visitas -- pelo risco, ele está em um pós-operatório. Você imagina se vai alguém com Covid apesar de o presidente estar vacinado", explicou Kalil.
O presidente recebeu alta do hospital no domingo, após passar pelo procedimento cirúrgico na sexta-feira.
A expectativa inicial era que a liberação do hospital Sírio-Libanês, em Brasília, ocorresse na terça-feira, mas a alta foi antecipada "após boa evolução clínica", segundo boletim médico.
A operação ocorreu sem intercorrências e Lula já fez sua primeira sessão de fisioterapia nesta segunda-feira no Palácio da Alvorada, segundo Kalil.
A artoplastia do quadril com colocação de prótese foi realizada em Lula na sexta-feira para sanar problema ortopédico que ocorre com a idade, um desgaste na cartilagem que reveste a articulação entre o osso da perna e o quadril. Lula aproveitou a internação e a anestesia para fazer um procedimento de correção das pálpebras.