Após anunciar apoio público ao candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-ministra Marina Silva (Rede), que é evangélica, foi questionada sobre como atrair o voto desse segmento religioso ao ex-presidente. Ela respondeu que nunca fez "do púlpito um palanque ou do palanque um púlpito" e que o caminho é tratar todos "os brasileiros como cidadãos".
"O maior mandamento de Jesus é o mandamento do amor e é o que acho que deve ser sempre a orientação de quem professa a fé cristã. Qualquer coisa que leve para o caminho do ódio, do exclusivismo político ou religioso não é bom para a democracia, para as religiões e desrespeita a nossa Constituição", afirmou.
Lula também afirmou que "a gente não pede voto por conta da religião". "Quando a gente sai à rua para trabalhar a campanha, a gente faz um programa para o País pensando no povo brasileiro. Não queremos saber de religião. Religião é muito sagrada, é uma coisa de cada um", reforçou.
O voto dos evangélicos tem sido uma preocupação do PT diante da vantagem do presidente Jair Bolsonaro (PL). A campanha de Lula organiza um mutirão nas redes sociais e nas ruas para atrair o voto dos evangélicos indecisos e dar visibilidade aos religiosos que apoiam o ex-presidente.