O cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, negou na 4ª feira (1º.nov.2023) haver um genocídio contra o povo palestino. Para ele, as críticas feitas pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Gabriel Boric (Chile), que condenaram as ações militares israelenses que estariam atingindo também civis palestinos, mostram que eles estão “mal-informados” sobre o que, de fato, está ocorrendo na região.
“Qual a fonte que os presidentes da América Latina têm sobre essa informação? Eu mostrei aqui, claramente, que quem controla a informação que sai de Gaza [é o Hamas]”, disse ele. “Eles estão mal-informados sobre o que está acontecendo”, afirmou, durante encontro com jornalistas promovido pelo Consulado Geral de Israel e a Federação Israelita do Estado de São Paulo.
Nesta semana, Lula disse que a guerra no Oriente Médio é um genocídio. Na 3ª (31.out), o chileno Gabriel Boric convocou o embaixador de seu país em Israel “ante as inaceitáveis violações do Direito Internacional Humanitário” cometidas na Faixa de Gaza. O colombiano Gustavo Petro também anunciou a convocação da embaixadora em Israel, Margarita Manjarrez.
A Secretaria de Comunicação do governo brasileiro informou que não vai se manifestar sobre as falas do cônsul.
Vídeo com imagens do Hamas
Antes da entrevista, foi apresentado um vídeo de cerca de 43 minutos com imagens dos ataques promovidos pelo Hamas em 7 de outubro. No vídeo, há registros feitos por câmeras de segurança, pelas vítimas e pelos próprios integrantes do Hamas de ataques a pessoas em carros, dentro de casa e também em uma festa de música eletrônica.
Os jornalistas foram impedidos de entrar com seus celulares ou câmeras durante a exibição dos vídeos. A proibição de reprodução se dá em respeito às famílias das vítimas e serve para “mostrar que houve atrocidades” que foram cometidas pelo Hamas.
Informações da ONU
Segundo as Nações Unidas, mais de 8,3 mil pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro. Entre elas estariam 3,4 mil crianças. Já em Israel foram 1,4 mil mortes. A ONU (Organização das Nações Unidas) afirma que estes números são passados pelo Ministério da Saúde Palestino e pelo governo israelense.
Com informações da Agência Brasil