Integrantes da cúpula da PF (Polícia Federal) dizem ser necessário o fim da GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo. Defendem, portanto, a saída dos militares e de outros órgãos da operação conjunta nos 2 Estados. O decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vale até 3 de maio e pode ser prorrogado.
Segundo o Poder360 apurou, a PF avalia que a operação conjunta com militares e outros órgãos têm prazo de eficácia curta. Em médio e a longo prazo, são as investigações que resolveriam a problemática do crime organizado. Por essa razão, integrantes da corporação defendem o fim da GLO.
O modelo ideal proposto pela PF, conforme apurou este jornal digital, é manter a operação com as polícias estaduais e a PRF (Polícia Rodoviária Federal). E usar as verbas disponíveis da GLO para reforçar as equipes que já atuam nas regiões.
Os dados são favoráveis à proposta defendida pela corporação. Ao menos 80% dos presos e 80% da droga apreendida são resultantes de operações só da PF e da PRF.
Outro fator que contribui para o fim da GLO, na avaliação de integrantes da corporação, é que os custos seriam menores com a atuação só da PF e da PRF.
O decreto (11.765/2023) estabelece que os ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa montem um plano de modernização na proteção de portos, aeroportos e fronteiras. Para a PF, o custo com os avanços é de R$ 73 milhões nos Estados que já estão sob GLO. Em todo Brasil, a cifra é de R$ 235 milhões.