O ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski afirmou que a prioridade inicial da sua gestão no Ministério da Justiça será tratar da segurança pública. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta 5ª feira (11.jan.2024) o nome do ex-STF para chefiar a pasta.
“A questão da segurança pública eu entendo como uma prioridade absoluta para o país e para o Ministério da Justiça e que, hoje, representa um grande desafio”, declarou o futuro ministro da Justiça em entrevista publicada pelo jornal O Globo nesta 5ª.
Lewandowski ocupará o cargo de Flávio Dino. O atual ministro da Justiça foi indicado por Lula para assumir uma cadeira na Suprema Corte. Deve tomar posse em 22 de fevereiro.
Ao O Globo, o ex-STF elogiou o trabalho de Dino. Disse ser “contra” a descontinuidade de políticas públicas e que, por esse motivo, seguiria “sem rupturas” o caminho traçado pelo futuro ministro da Suprema Corte.
RELAÇÃO COM CAPPELLI
Lewandowski disse que ainda não sabe quem comporá sua equipe técnica. O ministro aposentado do Supremo elogiou o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli. Definiu o número 2 da pasta como um “técnico competente” e disse ter uma boa relação com ele.
Durante as férias de Dino, Cappelli ocupou o cargo interinamente. Nomeado interventor federal no 8 de Janeiro, o secretário tinha seu nome defendido por Dino e pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) para assumir o Ministério da Justiça.
Segundo apurou o Poder360, o presidente Lula deu total autonomia para que Lewandowski escolha seu número 2. O novo ministro não tem intimidade com Cappelli, e, além disso, seu estilo midiático não combina com o do ex-STF, que é mais contido. Ainda não há, entretanto, um destino determinado para o nº 2 da Justiça.
Por conta da falta de intimidade com Lewandowski, havia a expectativa de que o secretário-executivo deixasse o ministério. Pela manhã, Cappelli se encontrou com Dino para discutir seu futuro no ministério. Para a função do secretário-executivo, Lewandowski deve indicar o advogado e professor Manoel Carlos de Almeida Neto.
Nesta 5ª feira (11.jan), Cappelli negou sua saída da pasta. Disse que ajudará na transição do ministério depois de um período de recesso.