A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, pedirá esclarecimento à Apple (NASDAQ:AAPL) sobre possível emissão de radiação no iPhone 12, um dos modelos de celulares vendidos pela big tech norte-americana.
O órgão também afirma que irá notificar a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) sobre o incidente, para “conhecimento dos fatos”.
“A Senacon informa que abrirá procedimento de averiguação preliminar contra a empresa Apple, para a prestação de esclarecimentos sobre possível radiação do modelo Iphone 12”, informou em nota.
O Poder360 questionou a Senacon sobre o possível desdobramento da situação dos aparelhos no Brasil caso seja atestada que o iPhone 12 é prejudicial à saúde e se as vendas seriam proibidas, mas o órgão não respondeu.
O caso envolvendo o celular não é exclusividade do Brasil. Recentemente, a França baniu a venda do smartphone pelo mesmo motivo. Segundo a agência de notícias Reuters, testes realizados com o iPhone 12 no país mostraram que o modelo violou os limites europeus de exposição à radiação.
No entanto, a Apple, que lançou o iPhone 15 na 4ª feira (13.set.2023), contesta as conclusões do órgão de fiscalização francês. Segundo a big tech, o iPhone 12 foi certificado por vários organismos internacionais como compatível com os padrões globais de radiação.
A agência fiscalizadora do país europeu, a ANFR (sigla em francês para Agência Nacional de Frequências, em tradução livre), afirma que foram realizados testes em 141 iPhones 12, e que foi constatada a emissão de 5,74 W/kg (watts por quilograma), enquanto o máximo permitido na União Europeia é de 4 W/kg.
O Poder360 entrou em contato com a Apple, mas a empresa disse que não comentará o caso.