A Suzano (BVMF:SUZB3) registrou prejuízo de R$ 729 milhões no 3º trimestre de 2023. O resultado representa queda de 113% ante o mesmo período de 2022, quando a companhia de papel e celulose teve lucro de R$ 5,4 bilhões. Os números foram divulgados na noite desta 5ª feira (26.out.2023). Eis a íntegra da apresentação (PDF – 1 MB).
A empresa afirmou que a queda é explicada em grande parte pela redução no resultado operacional (queda da receita líquida) e pela variação negativa no resultado financeiro, como reflexo da desvalorização cambial sobre a dívida e sobre as operações com derivativos.
A receita líquida da companhia foi de R$ 8,9 bilhões no 3º trimestre, uma queda de 37% em comparação com os R$ 14,2 bilhões registrados no mesmo período de 2022.
De acordo com a empresa, apesar da redução do preço médio da celulose, houve uma melhora de sentimento no mercado no 3º trimestre de 2023, principalmente em função da elevação da demanda na China.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 3,695 bilhões, uma queda de 57% na comparação com mesmo período de 2022.
Investimentos
Eis a lista dos anúncios:
- Construção de uma fábrica de papel sanitário (tissue) e conversão em papel higiênico e papel toalha em Aracruz com capacidade de 60.000 toneladas por ano, com investimentos totais estimados em R$ 650 milhões e início das operações previsto para o 1º trimestre de 2026. A Suzano pretende realizar o investimento utilizando saldo de créditos de ICMS que possui no Estado, o que representa um desembolso líquido estimado sobre o projeto de R$ 129 milhões;
- Construção de uma nova caldeira de biomassa na fábrica de produção de celulose localizada em Aracruz, em substituição ao equipamento atual, com investimentos totais estimados em R$ 520 milhões. A nova caldeira de biomassa deverá entrar em operação no 4º trimestre de 2025;
- Produção de celulose fluff a partir da madeira de eucalipto (Eucafluff), com capacidade nominal de 340 mil toneladas por ano. O investimento terá o valor total de R$ 490 milhões para fazer a conversão de máquina de secagem de celulose na unidade industrial de Limeira, de forma que a empresa terá integral flexibilidade na produção de celulose para papel ou fluff, depois da conclusão do investimento prevista para o 4º trimestre de 2025.