O CEO da Tim (BVMF:TIMS3) Brasil, Alberto Griselli, disse nesta 3ª feira (12.set.2023) que a empresa adotou como estratégia de mercado o desenvolvimento de infraestrutura de dados móveis para digitalizar as operações no agronegócio e no setor logístico. Por ser uma empresa pure mobile –voltada para serviços de celular e não de banda larga fixa–, o CEO explicou que a falta de estrutura no campo e nas rodovias se apresentou como uma grande oportunidade.
“Fomos escolher verticais onde a falta de infraestrutura é uma oportunidade de negócio, então estamos falando do agronegócio, estamos falando da logística. Nesses lugares nós montamos a infraestrutura e começamos a ganhar projetos que permitem os clientes a digitalizar suas operações e aumentar sua produtividade”, afirmou Griselli durante participação no Painel Telebrasil Summit 2023.
Segundo o executivo, o Brasil tem cerca de 380 milhões de hectares onde se desenvolve o agronegócio e a pecuária. Desse total, a Tim tem uma cobertura de 15 milhões de hectares. Diante disso, explicou o executivo, existe uma margem de crescimento muito alta nesse segmento.
Outro segmento que está na mira da Tim é a cobertura de dados móveis em rodovias. Em 2023, a companhia já fechou contratos com a CCR (BVMF:CCRO3) para digitalizar a Via Dutra e a Rio-Santos e com a EcoRodovias para conectar 850 km de rodovias com 4G.
Griselli fez uma comparação similar ao agronegócio. Dos 50.000 km de concessões rodoviárias no Brasil, o CEO informou que a Tim tem acordos para digitalizar cerca de 4.000 km, ou seja, é outro modal com um potencial de crescimento alto para a companhia.
Outro destaque dado por Griselli na estratégia de digitalizar empreendimentos logísticos é o acordo para implantar infraestrutura 5G no Porto de Santos. “Nosso projeto tem inspiração no Porto de Roterdã, na Holanda, que já usa essa tecnologia para movimentar os contêineres com mais velocidade e precisão”.