Investing.com – Com a proximidade da temporada de balanços e divulgação, por parte dos bancos, das prévias para os resultados, o Itaú BBA elenca a Hypera (BVMF:HYPE3) como possível destaque do setor de saúde, conforme apontado em relatório enviado aos clientes e ao mercado.
De acordo com os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio, ainda que a companhia deva apresentar diminuição na base de beneficiários, os investidores devem focar na expansão do ticket médio e na melhoria na taxa de sinistralidade médica. Os analistas esperam EBITDA ajustado de R$637 milhões e lucro líquido ajustado de R$ 125 milhões para o 3T23.
Para Rede D’or, o Itaú BBA enxerga “tendências de desaceleração dos serviços hospitalares”, que teriam desempenho fraco. A projeção é de alta anual de 5% no ticket médio, levando à elevação de 6% na receita líquida de 6% na mesma comparação.
Em relação à Fleury (BVMF:FLRY3), a tendência é de faturamento em linha com os três meses imediatamente anteriores, com margens estáveis na comparação anual. Com crescimento de 13% ao ano no faturamento, o indicador deve atingir R$ 1,893 bilhão.
O Itaú BBA espera que a Blau apresente faturamento estável na base trimestral, rondando R$ 369 milhões. “Os principais detratores para o crescimento das receitas no trimestre serão provavelmente os preços mais baixos e um cenário competitivo, que deverá ser parcialmente compensado pela incorporação de Bérgamo a partir no 3T23, embora isto, por sua vez, possa ter um impacto negativo nas margens”, apontam os analistas.
Os analistas estimam que a Dasa deve reportar crescimento consolidado da receita líquida de 10% na base trimestral, para R$3,771 bilhões. Enquanto isso, a Kora Saúde (BVMF:KRSA3) deve apresentar uma “taxa de ocupação mais suave durante o trimestre, embora o crescimento do segmento oncológico e dos procedimentos de maior complexidade deva render um ticket médio maior”, com receita líquida de R$ 570 milhões.
A Mater Dei, segundo o Itaú BBA, deve reportar receita líquida de R$ 561 milhões, estável na base trimestral, mas com pressão sobre custos e despesas no período, afetando as margens.
Para a Odontoprev (BVMF:ODPV3), a tendência é de adições líquidas e expansão nos preços, com estimativa de receita líquida de R$ 538 milhões no trimestre.
Já a Oncoclínicas (BVMF:ONCO3) deve continuar com “tendências saudáveis de receita no trimestre”, além de uma alta de 4% na receita na base trimestral, diante de bons volumes. Da mesma forma, a Viveo (BVMF:VVEO3) deve apresentar crescimento orgânico na unidade de hospitais e clínicas, assim como sólido desempenho em serviços. O banco estima margem Ebitda ajustada de 8,6% no trimestre.
A Qualicorp (BVMF:QUAL3), no entanto, continua com um trimestre difícil e tende a apresentar mais um prejuízo. “A alta rotatividade provavelmente continua a limitar o crescimento do portfólio, especialmente no terceiro trimestre, quando a empresa faz os maiores reajustes de preços. Prevemos uma perda líquida orgânica de 65.000 beneficiários, embora se espere que o ticket médio aumente”, lamentam os analistas.