Ação da Minerva cai 9,5% com nova tarifa dos EUA; empresa vê impacto de até 5% da receita

Publicado 10.07.2025, 11:34
Atualizado 10.07.2025, 11:35
© Reuters. Pedaços de carne em açougue no Rio de Janeiron26/11/2024 REUTERS/Ricardo Moraes

SÃO PAULO (Reuters) - As ações da Minerva (BVMF:BEEF3) chegaram a cair 9,5% nesta quinta-feira, após o anúncio de uma tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o que deve impactar os negócios da empresa líder em exportações de carne bovina na América do Sul.

Em comunicado ao mercado, a Minerva estimou um impacto potencial máximo ao redor de 5% de sua receita líquida, com base nos embarques brasileiros sujeitos à nova política de tarifas anunciada pelos Estados Unidos.

Considerando os resultados dos últimos 12 meses, a exposição consolidada da Minerva ao mercado norte-americano foi de aproximadamente 16% da receita, com o Brasil representando cerca de 30% dessa exposição, afirmou a empresa.

A Minerva ressaltou que sua estratégia de diversificação geográfica permite acessar o mercado dos Estados Unidos também por meio de operações na Argentina, Paraguai, Uruguai e Austrália, possibilitando "maximizar sua capacidade de arbitrar os mercados, reduzindo riscos, alavancando oportunidades e respondendo com eficiência a mudanças de cenário como essa".

As ações da Minerva na B3 (BVMF:B3SA3) chegaram a cair 9,5% na manhã desta quinta-feira, para uma mínima de R$4,96 na sessão. Os papéis reduziram a queda, registrando perda de 4,74% por volta de 11h05, a R$5,22.

Na véspera, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que tem JBS (BVMF:JBSS3), Marfrig (BVMF:MRFG3) e Minerva entre seus associados, avaliou que qualquer aumento de tarifa sobre produtos brasileiros deve impactar negativamente o setor produtivo da carne bovina e representar um entrave ao comércio internacional.

Na visão dos analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS), as empresas de carne bovina podem ter impacto leve da nova tarifa, com a Minerva potencialmente sofrendo relativamente mais, especialmente em um contexto de expectativas de mercado crescentes antes da temporada de resultados do segundo trimestre.

Em relação à JBS, Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann afirmaram em relatório não ver grande risco, citando que apenas 4% do mix de vendas da empresa vem de exportações para os EUA.

As ações da JBS tinham variação positiva de 0,08% em Nova York, enquanto, na B3, os papéis da Marfrig caíam 3,95%.

(Por Letícia Fucuchima)

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