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Estácio: grupo seria o novo alvo da Kroton (SA:KROT3) (Divulgação/Estácio)
SÃO PAULO – Os acionistas da Estácio (SA:ESTC3) são os que mais ganhariam, caso se confirme uma eventual fusão com a Kroton (KROT3), conforme noticiado pela última edição da revista Exame. A avaliação é do analista Max Bohm, da Empiricus Research. Em relatório enviado aos clientes nesta quinta-feira (2), os detentores de papeis da Estácio “poderão ter uma apreciação relevante diante do provável prêmio no preço da oferta.”
Para Bohm, a eventual união faria muito sentido para as empresas. Primeiro, porque criaria uma gigante do ensino superior com valor de mercado superior a R$ 22 bilhões, receita líquida de R$ 8,3 bilhões e mais de 1,6 milhão de alunos.
Segundo, porque o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não se oporia ao negócio, já que a metodologia de análise do órgão concentra-se em mercados regionais, e não nacional. Por isso, poderia haver alguma sobreposição em operações de ensino a distância (EAD), o que levaria o Cade a propor a mesma solução da fusão entre a Kroton e a Anhanguera: a venda de uma parte do negócio de EAD, segundo o analista da Empiricus.
“Na minha opinião, a fusão faz todo o sentido, uma vez que suas operações são, em sua maioria, complementares”, escreveu o analista. Além disso, outros fatores pesam a favor do negócio: a Kroton já provou, com a Anhanguera, que sabe digerir uma grande aquisição; e há acionistas relevantes em comum entre a companhia e a Estácio, como a Capital Group, a Coronation e a BlackRock.