DUESSELDORF, Alemanha (Reuters) - Representantes de acionistas no conselho de administração da Thyssenkrupp acusaram nesta terça-feira colegas sindicais de complicarem a venda da unidade de aço do grupo, dois dias antes da reunião do colegiado para discutir o assunto.
A venda da Thyssenkrupp Steel Europe tem sido repleta de dificuldades, principalmente porque a empresa precisa de bilhões de euros para investir na recuperação da competitividade.
Em uma declaração conjunta, os representantes dos acionistas no conselho de administração criticaram a forma como os representantes dos trabalhadores abordaram as negociações.
"Pedimos aos responsáveis que não inflamem ainda mais a situação", inclusive dando aos funcionários a impressão de que haverá perda maciça de empregos, escreveram eles.
Entre os signatários da mensagem estão o presidente do conselho de administração, Siegfried Russwurm, e a chefe da Fundação Krupp, a maior acionista individual do grupo, Ursula Gather.
Os representantes dos trabalhadores não responderam imediatamente a um pedido de comentário. O conselho deve se reunir na quinta-feira para continuar as negociações sobre as finanças da unidade.
O sindicato IG Metall alertou na semana passada que os trabalhadores precisam "revidar e impedir (o presidente-executivo da Thyssenkrupp, Miguel) Lopez agora", em relação a um programa de reestruturação da subsidiária siderúrgica.
A Thyssenkrupp está cortando sua participação na unidade, o que requer cerca de 1,3 bilhão de euros em fundos além do que sua controladora está disposta a pagar no processo de separação.
Lopez quer reduzir a capacidade de produção devido à fraca demanda e formar uma joint venture siderúrgica 50:50 com a holding de energia do bilionário tcheco Daniel Kretinsky.
(Por Tom Kaeckenhoff)