Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - As ações da B2W (SA:BTOW3) operavam em queda na manhã desta quinta-feira (30), seguindo a performance do Ibovespa, apesar de a companhia ter reportado prejuízo menor no terceiro trimestre do que no mesmo período do ano passado.
O grupo reportou prejuízo de cerca de R$ 37 milhões no terceiro trimestre ante prejuízo de R$ 102,5 milhões no mesmo período do ano passado. Um forte crescimento de vendas como consequência das medidas de quarentena contra a Covid-19 puxou os resultados.
A Lojas Americanas (SA:LAME4), controladora, por sua vez, reportou lucro líquido de R$ 49,9 milhões no terceiro trimestre, avanço de 3,5% em relação ao mesmo período de 2019. Desde o início do ano, a rede de varejo acumula prejuízo de R$ 6,4 milhões, ante lucro de R$ 107,4 milhões no ano passado. As ações também caíam no pregão desta manhã.
Por volta das 11h05, os papéis da B2W eram negociados a R$ 79,86, em queda de 3,4%, tendo atingido a máxima de R$ 82,88 e a mínima de R$ 79,65. As ações LAME4, por sua vez, caíam 4,2%, a R$ 23,66. Os papéis alcançaram a máxima de R$ 24,58 e a mínima de R$ 23,61 até então. O Ibovespa também apresentava queda, de 0,9%.
Para a XP, os números fortes vieram em linha com suas estimativas para a Lojas Americanas mas acima do esperado para a B2W, o que deve gerar uma reação positiva no mercado. Nos resultados, a XP destaca a performance do canal omnichannel; a performance ainda forte do online; e o forte crescimento no número de clientes com mais de um ponto de contato no universo. Assim, a corretora mantém recomendação de Compra para LAME4, com preço-alvo de R$ 44, e Neutra para B2W, a R$ 135.
Resultados
A B2W teve alta de 65,7% no Ebitda ajustado do trimestre, a 252 milhões de reais. A margem subiu de 9,1% para 9,5%.
Dona de sites como Submarino e Americanas.com, a B2W viu as vendas totais no conceito GMV dispararem 56,2% no trimestre sobre um ano antes, para 7,26 bilhões de reais.
A base de clientes ativos cresceu em 5,9 milhões, para 20,8 milhões. Já a de vendedores no marketplace da empresa cresceu em cerca de 10 mil, para quase 80 mil. No fim de 2019, o número de vendedores era 46,8 mil.
Lojas Americanas
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da controladora entre julho e setembro ficou em R$ 504 milhões, queda de 5,3% na comparação anual. Levando-se em conta o resultado consolidado, o indicador somou R$ 714,9 milhões, recuo de 7,1%.
No critério ajustado, o Ebitda da controladora foi de R$ 597,2 milhões no trimestre, queda de 1,3%. No resultado consolidado, o valor foi de R$ 754,8 milhões, praticamente estável em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 757 milhões). Segundo explica a Lojas Americanas, houve um aumento na linha "Outras despesas operacionais" principalmente por conta de doações relacionadas à covid-19 e aumento dos custos para preservação da saúde de clientes e funcionários. Essa linha teve um impacto negativo de R$ 30,9 milhões no trimestre.
A receita líquida da Lojas Americanas no terceiro trimestre foi de R$ 2,565 bilhões, queda anual de 1,3%, quando se mede o desempenho da controladora. No balanço consolidados, as receitas somaram R$ 5,128 bilhões, aumento de 21%. A venda bruta de mercadorias (GMV) ficou em R$ 9,895 bilhões no período, aumento de 31,1%.
A Lojas Americanas fechou setembro com um caixa líquido de R$ 28,5 milhões, com dívida bruta de R$ 8,208 bilhões e disponibilidades de R$ 8,236 bilhões. No balanço consolidado, o caixa líquido estava em R$ 4,930 bilhões. Isso por conta da oferta subsequente de ações (follow on) da Americanas e aumento de capital da B2W.
--Com colaboração da Reuters