Por Scott Kanowsky
Investing.com – As ADRs da Ericsson (NASDAQ:ERIC) caíam quase 4% no início do pregão desta quinta-feira em Estocolmo, depois que o Credit Suisse (SIX:CSGN) rebaixou a classificação da fabricante sueca de equipamentos de comunicação, prevendo um crescimento tímido dos resultados até 2024.
Em nota, o banco rebaixou a Ericsson (BVMF:E1RI34) de “outperform” (acima da média) para "underperfom" (abaixo da média) e cortou seu preço-alvo de 113 para 69 coroas por ação. A expectativa dos analistas é que o lucro da empresa seja bastante impactado nos próximos dois anos, devido à necessidade de alocação de recursos para o desenvolvimento da rede sem fio 5G global.
A Ericsson ressaltou em julho que a atual implementação dos serviços de 5G no mundo deve se prolongar por mais tempo do que qualquer outro ciclo de investimento anterior comparável.
As redes 5G, ou de quinta geração, tornaram-se essenciais para a Ericsson e suas concorrentes, como a finlandesa Nokia Oyj (HE:NOKIA) e a chinesa Huawei. A tecnologia, que oferece mais velocidade de conexão do que as redes de quarta geração, é considerara um elemento crucial para o desenvolvimento de máquinas com aplicações futurísticas, como drones e veículos autônomos.
A Ericsson estimou que as assinaturas móveis de 5G no mundo saltarão para mais de 1 bilhão neste ano, impulsionadas pela maior adoção nos EUA e na China, atingindo 4,4 bilhões até 2027. O uso da rede 4G deve atingir o pico em 2022, segundo a Ericsson, e depois cair, à medida que mais assinantes mudam para a tecnologia 5G.
Os analistas do Credit Suisse preveem ainda que a Ericsson registre uma desaceleração de demanda, devido ao aumento das despesas de capital com a rede 5G e obstáculos macroeconômicos, principalmente com a disparada dos preços ao consumidor. A receita orgânica deve registrar uma expansão de 5% neste ano, mas continuar estável até o fim do ano fiscal de 2024.
Os analistas disseram que ainda há incertezas com a perspectiva da Ericsson, devido ao potencial tamanho das multas adicionais que podem ser aplicadas por autoridades dos EUA, que estão investigando a empresa sobre supostas ações de propina e corrupção.