Investing.com - Em jornada marcada por perdas nos mercados de ações e também pela queda na cotação do minério de ferro, as ações da Gerdau (SA:GGBR4) são negociadas com ganhos de 3,24% a R$ 17,19. A companhia reportou que reverteu o prejuízo e registrou lucro ajustado de R$ 262 milhões no quarto trimestre, ante prejuízo de R$ 203 milhões de reais no mesmo período de 2016.
A empresa ainda apurou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,181 bilhão de reais entre outubro a dezembro, salto de 64,9 por cento ante o mesmo período de 2016. A margem Ebitda ajustada subiu de 8,3 para 12 por cento.
Sem ajustes, a empresa sofreu prejuízo líquido de 1,38 bilhão de reais nos três últimos meses do ano passado, ante resultado negativo um ano antes de 3,07 bilhões de reais.
O resultado foi beneficiado pela a redução nas perdas com testes contábeis que avaliam a recuperabilidade de ágio e valor sobre ativos da companhia. No quarto trimestre, estas perdas somaram 1,115 bilhão de reais no grupo, dos quais 1,07 bilhão reais registradas nas operações da empresa na América do Norte. Um ano antes, as perdas tinham somado quase 3 bilhões de reais, dos quais 2,8 bilhões de reais verificadas também na América do Norte.
No quarto trimestre, a Gerdau elevou a produção de aço bruto em 18,7 por cento na comparação anual, para 3,95 milhões de toneladas, enquanto a receita líquida avançou quase 14 por cento, a 9,82 bilhões de reais, apesar do volume vendido de aço ter ficado praticamente estável, com oscilação negativa de 0,7 por cento, a 3,77 milhões de toneladas.
O custo de vendas subiu menos que a receita, avançando 8,4 por cento, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram queda de 25,6 por cento no período.
O grupo siderúrgico Gerdau atingiu a fase final de seu programa de desinvestimentos iniciado há quatro anos e que levantou até 2017 6,3 bilhões de reais para a companhia, afirmou o presidente da maior produtora de aços longos das Américas, Gustavo Werneck.
Com isso, a empresa terminou 2017 com uma relação dívida líquida sobre Ebitda de 3 vezes ante 3,5 vezes no final de 2016 e 3,4 vezes no fim de setembro do ano passado.
Com Reuters.