Por Medha Singh e Ankika Biswas
(Reuters) - As ações do First Republic Bank despencavam cerca de 30% nesta segunda-feira, estendendo queda recente, com elevadas preocupações de liquidez após notícia de que o banco regional pode fazer nova captação de recursos, mesmo depois de um resgate de 30 bilhões de dólares na semana passada.
A agência de classificação de risco S&P Global cortou o rating do banco no domingo, o que fez o First Republic perder o grau de investimento, e disse que a recente injeção de recursos por 11 grandes bancos dos Estados Unidos pode não resolver os problemas de liquidez da instituição.
O First Republic, sediado em São Francisco, está em negociações para levantar capital de outros bancos ou empresas de private equity por meio da emissão de novas ações, e poderia também negociar uma venda, informou o New York Times no final da sexta-feira.
No domingo, a Reuters publicou que o banco ainda estava tentando realizar um aumento de capital, mas a transação não estava iminente.
Por volta de 13h10 (horário de Brasília) desta segunda-feira, as ações do banco caíam 29,87%, tendo esticado a queda no início da tarde.
O presidente do JPMorgan (NYSE:JPM), Jamie Dimon, está conduzindo negociações com os chefes de outros grandes bancos sobre novos esforços para estabilizar o First Republic, informou o Wall Street Journal nesta segunda-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
"O mercado quer uma resolução mais conclusiva para o que vai acontecer com o First Republic e a única saída é algum tipo de venda de ativos", disse Matt Orton, estrategista-chefe de mercado da Raymond James Investment Management.
As ações do First Republic derreteram 80% nas últimas sete sessões, com temor de uma saída em massa de recursos da instituição, já que uma grande proporção dos depósitos do banco não tem seguro.
Enquanto isso, as ações de outros bancos norte-americanos se recuperavam em grande parte nesta segunda-feira, em conjunto com os pares europeus, após a aquisição do Credit Suisse (SIX:CSGN) pelo UBS, organizada pelo governo suíço.
(Por Medha Singh e Ankika Biswas, em Bengaluru, Índia)