Ações do setor educacional despencam com nova meta fiscal

Publicado 23.05.2016, 15:09
Atualizado 23.05.2016, 15:50
Ações do setor educacional despencam com nova meta fiscal

Ações da Ser Educacional (SA:SEER3) chegaram a cair 13% no pregão (Pixabay)

SÃO PAULO – Em meio às mudanças do governo Temer e à votação da meta fiscal se aproximando, o Ibovespa opera em queda no pregão desta segunda-feira (23). O destaque negativo da bolsa é o setor educacional, que sofreu cortes com o déficit de R$ 170,5 bilhões no orçamento do governo.

As ações das principais administradoras do setor despencam. Na máxima do dia a Kroton (SA:KROT3) chegou a R$ 10,44, queda de 8%. A Anima chegou a R$ 9,62, baixa de 4,75%. Já a Estácio (SA:ESTC3) alcançou R$ 10,68, queda 4,8%.Os papéis da Ser Educacional são os que mais caem e atingiram R$ 10,55, baixa de 13,2%.

Os programas de incentivo à educação, instalados no governo petista, como o Pronatec, ProUni e Fies muito provavelmente não abrirão vagas novas neste ano, conforme informações do portal IG. O motivo são as medidas de contingenciamento previstas para o Ministério da Educação (MEC) na gestão Temer. Segundo apuração da Folha de S.Paulo, os programas estão com recurso zero no MEC.

De acordo com o portal, aliados do novo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), disseram que as vagas que já foram contratadas serão mantidas até o fim, mas a perspectiva de abrir novas inscrições é apenas para o ano que vem.

O ministro reforçou na sua primeira semana no comando do MEC que os projetos continuariam citando Pronatec e Fies, segundo o jornal. Abrir mais vagas ou não depende, exclusivamente, do balanço financeiro do MEC e da decisão de Mendonça Filho. O ministério estaria fazendo os cálculos para definir se haverá recursos para o custeio dessas políticas.

Desordem

Segundo o portal IG, outra crítica é uma avaliação de "desorganização e pulverização" nos sistemas de bolsas a estudantes socialmente vulneráveis. O ministro da educação gostaria de unificar os critérios de seleção para as bolsas. No caso do ProUni intensificar o que chama de "premissa da meritocracia".

Para ele, o estudante que receber dinheiro público para estudar deve "apresentar resultados". Hoje, o ProUni exige apenas que o bolsista tenha aproveitamento mínimo de 75% das disciplinas cursadas no semestre.

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