Por Peter Nurse
Investing.com – Os mercados acionários da Europa abriram em alta, em sua maioria, nesta segunda-feira, iniciando a nova semana em tom positivo, apesar de o feriado em Wall Street limitar a atividade.
Às 7 h (horário de Brasília), o DAX da Alemanha subia 0,29%, enquanto o CAC 40 da França avançava 0,94% e o FTSE 100 do Reino Unido se valorizava 1,7%.
Os mercados globais estão tentando adotar uma visão mais positiva no início do segundo semestre do ano após as fortes quedas acumuladas desde janeiro, por conta do aperto das políticas governamentais e do aumento dos custos de vida, sugerindo um risco maior de desaceleração do crescimento da economia mundial.
Dito isso, é difícil considerar que tais ganhos durem muito tempo diante dos últimos dados comerciais da Alemanha, que mostraram que o principal motor de crescimento da zona do euro está enfrentando dificuldades.
A Alemanha registrou seu primeiro déficit comercial em mais de 30 anos em maio, em razão da disparada das suas importações de petróleo e gás provocada pela guerra da Rússia na Ucrânia. Ao mesmo tempo, as exportações caíram pela terceira vez em cinco meses, prejudicadas pelas restrições contra a Covid em partes da China, um dos principais mercados de exportação da Alemanha.
A atividade ficará limitada na segunda-feira, em razão do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, bem como pela expectativa do aguardado relatório de empregos do país.
Dados econômicos recentes aumentaram os sinais de que a economia dos EUA, um dos principais vetores de crescimento global, está arrefecendo em meio ao agressivo aperto da política monetária do Fed, portanto o relatório de empregos de sexta-feira será acompanhado de perto, no intuito de saber como o mercado de trabalho está se comportando em vista do mandato de inflação/empregos do Fed.
No noticiário corporativo, as ações da Ryanair (IR:RYA) subiam 2% depois que a companhia aérea de baixo custo registrou seu melhor mês de todos os tempos em junho, quando transportou 15,9 milhões de passageiros, uma alta em relação a apenas 5,3 milhões há um ano, acima da máxima anterior estabelecida em maio.
Os preços do petróleo recuavam na segunda-feira, com os investidores digerindo as preocupações com uma possível desaceleração econômica nos EUA, além da restrição de oferta.
O presidente do Fed, Jerome Powell, falou sobre o compromisso “incondicional” do banco central americano em conter a inflação, na semana passada, além de reconhecer o risco de jogar a economia dos EUA, maior país consumidor de petróleo do mundo, em uma recessão.
Dito isso, as preocupações com a oferta ainda persistem, com a Líbia enfrentando problemas devido à escalada de distúrbios políticos, a greve de alguns trabalhadores petrolíferos da Noruega e a dificuldade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de seus aliados em atingir suas novas cotas de produção, que foram recentemente elevadas.
Às 7h24 (horário de Brasília), o petróleo norte-americano recuava 0,42%, a US$ 107,98 por barril, enquanto o petróleo Brent cedia 0,21%, a US$ 111,41 por barril, no mercado futuro.
Além disso, o ouro futuro subia 0,29%, a US$ 1.806,70 por onça-troy, enquanto o EUR/USD era negociado em alta de 0,22%, a 1,0452.