Investing.com - A recente notícia de que a Companhia Siderúrgica Nacional (SA:CSNA3) (CSN) chegou a um acordo com o Bradesco (SA:BBDC4) para alongar a dívida da companhia com o banco está chamando a atenção da Fazenda Nacional. As informações foram publicadas na edição desta quarta-feira da Coluna do Broad, do Estadão.
No acordo da siderúrgica com a intuição financeira, anunciado há cerca de 10 dias, a CSN assumiu o compromisso de distribuir dividendos com o intuito de fornecer recursos para uma das holdings da família Steinbruch, que é acionista da empresa
Com esses recursos, a holding passa a ter condições para arcar com parte da dívida retida junto ao Bradesco. Tudo isso, segundo a coluna, se deve ao fato de o banco ter atrelado o alongamento ao pagamento de parte desses vencimentos.
Essa estrutura de acordo chamou a atenção da Fazenda Nacional, que entrou na Justiça para trocar a execução de penhora de bens móveis, em uma execução fiscal, por dinheiro.
A decisão da 10.ª Vara de Execuções Fiscais da Justiça Federal de São Paulo foi de impedir o pagamento de dividendos, que ocorreria no dia 30 de agosto, no valor de R$ 890 milhões. A CSN prometeu recorrer.
A publicação destaca que o impedimento judicial afeta as negociações com o Bradesco. Se a decisão da Justiça for mantida, a CSN será obrigada a renegociar com o banco o perfil de sua dívida.
Bloqueio
Na manhã de ontem, A Justiça Federal de São Paulo bloqueou a distribuição pela Companhia Siderúrgica Nacional dos 890 milhões de reais em dividendos declarados no dia 17 de agosto e que seriam pagos a partir do dia 30 deste mês.
A bloqueio foi determinado pelo juiz da 10ª Vara de Execuções Fiscais da Justiça Federal do São Paulo, segundo a CSN, que não havia informado o motivo da ordem.
A empresa, que por ora está impedida de efetuar o pagamento, disse que "está avaliando todas as medidas cabíveis para preservar o seu melhor interesse, assim como também o de seus acionistas".