Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ADRs da Adidas (OTC:ADDYY) disparam 16,19% a US$ 117,22 às 15h39 desta quarta-feira (09) em Wall Street. No pregão de Frankfurt, as ações da fabricante de calçados e vestuários desportivos fecharam em alta de 12,86% a 208,72 euros. O forte desempenho veio após a Adidas prever fortes vendas em 2022.
A empresa espera que sua operação na China se recupere e ajude a compensar as perda da atividade na Rússia. As margens globais também devem ser mais elevadas, com previsão de que os aumentos de preços exerçam alguma influência, de acordo com a Bloomberg.
Em sua divulgação dos seus resultados de 2021, a companhia afirmou que as vendas irão crescer de 11% a 13% numa base neutra em termos de câmbio, já que a demanda por tênis se mantém robusta.
A Adidas espera que as vendas da Grande China aumentem em torno de 5%, em comparação com o crescimento de 3% no ano passado, quando um boicote de consumidores e o estímulo à compra de produtos de fabricantes locais prejudicaram suas vendas. A Adidas disse na terça-feira que tinha substituído o chefe de suas operações chinesas, promovendo Adrian Siu, que também tem experiência na gestão de uma marca local de moda na China, a Cosmo Lady.
A Adidas disse que a guerra na Ucrânia está colocando em risco € 250 milhões (US$ 273 milhões) em receitas, ou metade dos seus negócios da Rússia e na região da CEI. Isto é reflexo da suspensão das operações de varejo e comércio eletrônico na Rússia e representa cerca de 1 ponto percentual do crescimento de vendas totais, de acordo com a agência de notícias.
A empresa disse na segunda-feira que havia suspendido as operações na Rússia - onde opera cerca de 500 lojas, um quarto do seu total.
A América do Norte e a América Latina são vistas como os maiores motores de vendas, com crescimento chegando a até 19%, de acordo com as projeções da empresa. Europa, Oriente Médio, África e a região Ásia-Pacífico devem crescer cerca de 16%.
A Adidas divulgou queda de 3% nas vendas neutras em termos de câmbio no quarto trimestre, para € 5,14 bilhões, derrubadas pela Grande China.