Por Michael Georgy
BAGDÁ (Reuters) - Um ataque com tiros e bombas contra um ônibus perto de Bagdá matou 52 prisioneiros e nove policiais nesta quinta-feira, disseram fontes do Ministério da Justiça, em um momento no qual os políticos enfrentam pressão para formar um governo de coalizão que possa enfrentar a insurgência sunita, tendo escolhido o curdo Fouad Masoum para presidir o país.
O ônibus transportava prisioneiros de uma base militar na cidade de Taji para Bagdá, quando foi atingido por bombas na estrada, disseram as fontes. Então, homens armados abriram fogo.
Boa parte do recente banho de sangue no Iraque está ligado a divisões sectárias que se aprofundaram desde que militantes sunitas, anteriormente conhecidos como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), tomaram o controle de partes do norte do Iraque no mês passado, e declararam a criação de um império islâmico.
Militantes sunitas têm realizado ataques ao redor dos limites ao sul de Bagdá. Ao mesmo tempo, milícias xiitas têm ativamente atuado em distritos rurais de Bagdá, sequestrando sunitas que suspeitam fazer parte da militância. Muitos aparecem mais tarde mortos.
Esse vaivém de ataques se intensificou dramaticamente desde que a militância sunita avançou em direção à capital iraquiana, no mas sério desafio ao governo liderado por xiitas do primeiro-ministro Nuri al-Maliki desde a retirada de forças dos Estados Unidos em 2011.
Assassinatos em massa se tornaram uma ocorrência regular no Iraque pela primeira vez desde os piores dias de "limpeza" étnica e sectária, em 2006-2007.
O motivo das mortes de quinta-feira não estava imediatamente claro. Em junho, 69 prisioneiros foram mortos ao serem transportados de uma cidade próxima para Bagdá.
(Reportagem adicional de Raheem Salman e Isra' al-Rubei'i)