WASHINGTON (Reuters) - A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) enviou para a Casa Branca nesta sexta-feira suas metas finais para utilização de biocombustíveis em 2014, regra há muito adiada que entra agora em sua última rodada de revisão antes do lançamento público.
A administração Obama enfrentará uma nova etapa de pressão por parte dos produtores de biocombustíveis, que buscam mudanças na regra, e opositores do mandato para combustíveis renováveis, que esperam que as autoridades continuem firmes em relação aos cortes propostos para a meta.
Não está claro quanto tempo a regra permanecerá no Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca (OMB, na sigla em inglês). Tais comentários podem se arrastar por meses, mas o OMB pode agir mais rapidamente algumas vezes.
No ano passado, a agência levou pouco mais de 30 dias para enviar os objetivos finais de volta à EPA.
"Não ficaríamos surpresos se o OMB repetisse o rápido retorno do ano passado", disse a ClearView Energy Partners em relatório.
A EPA irritou os produtores de biocombustíveis em novembro, quando emitiu um esboço da meta para 2014 reduzindo as exigências federais para mistura de etanol e biodiesel ao fornecimento de combustível dos EUA.
Fontes da indústria de biocombustíveis esperam que as metas sejam mais elevadas na regra final, mas provavelmente ainda muito menores do que o Congresso pretendia quando ele formulou o mandato conhecido como Renewable Fuel Standard, em 2007.
Com um atraso de quase nove meses na revisão das regras, os produtores de biodiesel têm enfrentado baixos preços de combustível e incerteza do mercado.
Citando preocupações de que os mercados de energia dos EUA não consigam absorver os níveis de biocombustíveis exigidos pela lei, a EPA reduziu a obrigatoriedade de utilização de biocombustíveis de 18,15 bilhões de galões (68,7 bilhões de litros) para 15,21 bilhões de litros em 2014.
A agência disse nesta sexta-feira que continua comprometida com os biocombustíveis e disse que seu objetivo é colocar o programa de combustível renovável "em um caminho que suporte o crescimento contínuo."
(Por Ayesha Rascoe)