LOS ANGELES (Reuters) - Uma das maiores agências de talento de Hollywood criticou nesta sexta-feira o estúdio da Disney (NYSE:DIS) (SA:DISB34) em uma discussão pública e acalorada sobre a alegação da atriz Scarlett Johansson de que ela perdeu dinheiro no lançamento do seu filme “Viúva Negra”.
Bryan Lourd, co-presidente da agência Creative Arts (CAA), acusou a Disney em um comunicado de atacar o caráter da atriz e de revelar o seu salário de 20 milhões de dólares pelo filme de super-herói “em uma tentativa de usar o seu sucesso como artista e empresária como uma arma”.
Lourd, que também representa Johansson, emitiu o comunicado um dia depois de a estrela de “Viúva Negra” processar a Disney por violação de contrato ao ter lançado o filme em 9 de julho na sua plataforma de streaming ao mesmo tempo em que estava nos cinemas, reduzindo o que ela esperava receber em percentual das arrecadações de bilheteria.
Johansson, de 36 anos, uma das atrizes mais populares de Hollywood e entre as mais bem pagas, fez nove filmes da Marvel com a Disney.
A Disney respondeu nesta quinta-feira dizendo que “não havia mérito” no processo. Também revelou que Johansson havia recebido 20 milhões de dólares pelo filme e que o processo mostrava “um cruel desprezo” pelos efeitos da pandemia.
Lourd disse que a Disney “de maneira descarada e falsa acusou a senhorita Johansson de ser insensível com a pandemia global de Covid-19”.
“Os ataques diretos da Disney ao seu caráter e todo o resto que eles implicam estão abaixo dos padrões da empresa para a qual muitos de nós da comunidade criativa trabalhamos com sucesso por décadas”, acrescentou Lourd.
A Disney não respondeu imediatamente nesta sexta-feira a um pedido por comentários sobre o comunicado de Lourd.
“Viúva Negra”, a história da assassina russa que se tornou uma Vingadora, arrecadou 80 milhões de dólares na bilheteria dos EUA e do Canadá em seu fim de semana de estreia. O filme também gerou 60 milhões de dólares em compras no Disney+, disse a Disney.
(Reportagem de Jill Serjeant)