PARIS (Reuters) - A Airbus (EPA:AIR) lançou um programa de cortes de custos e congelamento no número total de funcionários para fortalecer o desempenho de seu principal negócio de fabricação de aviões em 2024 e além, semanas após ser forçada a reduzir as metas de produção de jatos, disseram fontes do setor.
Com o codinome "LEAD!", a nova iniciativa abordará urgentemente um aumento nos custos por aeronave e resolverá questões mais profundas de produtividade, enquanto a maior fabricante de aviões do mundo se prepara para uma eventual recuperação da rival norte-americana Boeing (NYSE:BA).
Algumas posições podem desaparecer e o número total de cargos será limitado, mas a empresa não espera um plano de demissão "convencional", disse o presidente-executivo da companhia, Christian Scherer, em um memorando aos funcionários, de acordo com fontes da indústria.
Os custos serão analisados "sem tabus", mas não haverá mudança de estratégia, acrescentou o executivo.
Um porta-voz da Airbus se recusou a comentar os memorandos internos, mas confirmou a existência de um plano para melhoria de desempenho.
"SALVAR 2024"
Scherer, que passou de diretor comercial a CEO da fabricante de aviões em janeiro, culpou "alguns de nossos principais fornecedores" pelos recentes problemas de produção, mas reconheceu que as atividades industriais centrais da empresa também estão atrasadas, disseram as fontes.
No mês passado, a Airbus reduziu as previsões de entrega e desacelerou o aumento da produção, citando escassez de motores, interiores e algumas aeroestruturas.
A equipe foi informada que o primeiro objetivo da iniciativa "LEAD!" é "salvar 2024" em termos de entregas e custos, que têm se desviado da trajetória estimada, segundo as fontes.
O projeto também foi concebido para capturar uma maior parcela do crescimento da demanda por aviões comerciais e melhorar a eficiência no longo prazo.
(Reportagem de Tim (BVMF:TIMS3) Hepher)