Amazon estreia nova assistente de voz Alexa com incorporação de IA

Publicado 26.02.2025, 15:08
Atualizado 26.02.2025, 15:11
© Reuters. Dispositivo da Amazon é exibido em evento em Nova Yorkn26/02/2025nREUTERS/Brendan McDermid

(Reuters) - A Amazon (NASDAQ:AMZN) revelou nesta quarta-feira a primeira grande reformulação de sua assistente de voz Alexa desde que foi lançada, há mais de uma década, incorporando a ela inteligência artificial generativa.

O esforço tem um peso significativo para a Amazon, que investiu bilhões de dólares na Alexa desde seu lançamento, em 2014, na esperança de colocar o serviço em uma variedade de dispositivos e, finalmente, impulsionar as vendas em seu principal site de comércio eletrônico.

"A Alexa conhece quase todos os instrumentos da sua vida, sua agenda, sua casa inteligente, suas preferências, os dispositivos que você está usando, as pessoas com quem você está se conectando, o entretenimento que você ama, e usa muitos dos aplicativos que você usa, muitos dos serviços que você precisa", disse Panos Panay, chefe de dispositivos e serviços da Amazon, em um evento de lançamento em Nova York.

O novo serviço se chama Alexa+, disse Panay, ecoando a nomenclatura do nível mais alto de muitas ofertas de serviços de tecnologia e streaming.

O Alexa+ é gratuito para membros Amazon Prime e custa US$19,99 por mês para usuários não Prime. O serviço, que estava no ar nesta quarta-feira, estará disponível em março para alguns usuários, com o lançamento se expandindo para mais pessoas ao longo do tempo.

Panay demonstrou como a Alexa pode armazenar, por meio de prompts, preferências do cliente -- por exemplo, que um membro da família é vegetariano e prefere comida grega e italiana, mas evita manteiga de amendoim. O dispositivo também pode ser usado para fazer reservas de jantar e enviar textos ou lembretes cronometrados.

O serviço pode se conectar a produtos da Amazon, como campainhas Ring, para mostrar gravações de câmeras.

A diretora da Alexa, Mara Segal, disse que a assistente pode revisar documentos como contratos de associação de proprietários, para que um morador saiba o que é permitido -- por exemplo, a instalação de painéis solares.

As ações da Amazon subiram cerca de 2%, para US$217,02.

CONCORRÊNCIA DE APPLE E GOOGLE

O evento marcou a revelação de um projeto secreto conhecido internamente como "Banyan", com o objetivo de tornar a Alexa mais conversacional. A IA generativa é um tipo de inteligência artificial que pode aprender com dados e melhorar ao longo do tempo.

Embora a Alexa da Amazon tenha sido lançada três anos após a Siri, da Apple (NASDAQ:AAPL), chegar aos dispositivos da fabricante do iPhone, ela ajudou a tornar o uso de assistentes de voz mais popular.

Ainda assim, a falta de melhorias sólidas e revisões na Alexa ao longo dos anos significou uma erosão no uso do serviço pelo consumidor, especialmente na era da IA.

A Apple já incorporou seu conjunto de recursos de IA, denominado Apple Intelligence, em seu assistente de voz Siri, enquanto o Google (NASDAQ:GOOGL) reformulou seu assistente de voz usando seu chatbot de IA Gemini.

A Alexa é um software controlado por voz instalado em produtos como alto-falantes inteligentes que podem fornecer respostas às perguntas do usuário, reproduzir músicas, definir temporizadores e servir como um hub para automação residencial, conectando dispositivos à internet para que, por exemplo, uma luz possa ser acesa apenas com comandos de voz.

O novo serviço Alexa AI será capaz de responder a vários prompts em sequência e até mesmo agir como um "agente", realizando ações para usuários sem seu envolvimento direto. Isso contrasta com a iteração atual, que geralmente lida com apenas uma única solicitação por vez.

Executivos debateram cobrar até US$10 por mês pelo novo serviço, pessoas disseram à Reuters, para recuperar parte do investimento afundado no negócio deficitário. A Amazon não abordou imediatamente os detalhes de preço.

A companhia disse que já há cerca de 500 milhões de dispositivos compatíveis com Alexa nas mãos dos consumidores, o que significa que a reformulação é ao mesmo tempo uma grande oportunidade de ganhar dinheiro para o varejista de Seattle e um grande risco financeiro, caso não corresponda às expectativas.

Daniel Rausch, vice-presidente da Alexa e Echo, reconheceu a contribuição da startup de IA Anthropic para a construção da Alexa+, confirmando uma notícia da Reuters de que o modelo de linguagem Claude, da Anthropic, foi um dos principais responsáveis pelo serviço.

(Reportagem de Greg Bensinger; reportagem adicional de Deborah Sophia em Bengaluru)

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