Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os papéis da Ambev (SA:ABEV3) lideravam as altas da B3 (SA:B3SA3) nesta quinta-feira (6), subindo 6%, após a companhia apresentar lucro líquido ajustado de R$ 2,761 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 125% ante o mesmo período de 2020.
Perto das 11h, a ação era negociada a R$ 15,75, com alta acumulada de 3,54% nos últimos trinta dias e de 30,65% nas últimas 52 semanas.
Segundo os analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11), “quando menos se esperava, a Ambev conseguiu mexer os pauzinhos e entregar um trabalho quase perfeito”. Eles apontam que o EBITDA de R$ 5,3 bilhões ficou 8% acima das projeções, com alta de 12% das vendas.
Os analistas destacam que, pelo terceiro trimestre consecutivo, os preços da cerveja no Brasil subiram acima do esperado, com os volumes em linha com o esperado e uma manutenção do ganho de fatia de mercado do último ano.
LEIA MAIS: Lucro da Ambev mais do que dobra no 1º tri e atinge R$2,7 bi
Para eles, a nova estratégia de vendas, em um momento em que os concorrentes enfrentam problemas com embalagem e distribuição, junto ao desenvolvimento dos canais digitais da companhia sugerem que a Ambev está construindo uma base sólida para o mercado pós-pandemia.
Ainda assim, eles mantiveram a recomendação Neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 15, por verem os múltiplos ainda estão caros em relação à média histórica e aos pares.
XP Investimentos
Já os analistas da XP Investimentos apontaram que a Ambev manteve a excelência operacional como a vantagem competitiva principal, sendo que a inovação no portfólio e a estratégia digital tem dado cada vez mais frutos, impulsionando o desempenho da empresa.
LEIA MAIS - AES Brasil: Condições hídricas ruins impactam resultado do 1T; ação cai
Eles apontam que produtos lançados há apenas um ano pela companhia já garantiram uma posição entre os top 5 mais vendidos, como a Brahma Duplo Malte, que contribuiu para um crescimento de 16% das vendas anuais de cerveja no Brasil.
Eles mantiveram a recomendação de Compra para o papel, com preço-alvo de R$ 17,15 por ação, seguindo otimistas apesar de esperarem volatilidade no curto prazo.