👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Após comprar briga pública com a XP, Itaú busca porta de saída da corretora

Publicado 04.11.2020, 04:04
Atualizado 04.11.2020, 08:22
© Reuters.  Após comprar briga pública com a XP, Itaú busca porta de saída da corr
IXIC
-
ITSA4
-
ITUB4
-
XP
-

Pouco mais de quatro meses após partir para uma briga pública com a XP Investimentos (NASDAQ:XP), o Itaú Unibanco (SA:ITUB4) anunciou na terça-feira, 3, um plano para segregar a maior parte das ações que detém na corretora em uma nova companhia, além da anunciar planos de vender 5% das ações que permaneceriam em suas mãos no mercado financeiro. Segundo fontes de mercado, seria uma estratégia da instituição para, aos poucos, deixar de ser sócia da XP.

LEIA MAIS: Itaú Unibanco tem lucro recorrente soma R$ 5,030 bilhões no 3º trimestre

O maior banco da América Latina se tornou sócio da corretora fundada por Guilherme Benchimol há três anos, ao comprar 49,9% do negócio em uma operação vista à época como um movimento de proteção contra a emergência de plataformas de investimentos digitais e com estratégia ousada de captação de clientes. O negócio, apesar da recente rusga pública, virou um dos investimentos mais rentáveis da história do Itaú.

Hoje, o Itaú tem 46% da XP - a fatia do banco foi diluída após a bem-sucedida abertura de capital da corretora na Nasdaq, pregão da Bolsa de Nova York dedicado a negócios de tecnologia. Depois de pagar R$ 12 bilhões para ficar com quase metade da XP há três anos, o Itaú Unibanco hoje tem uma participação um pouco menor que é avaliada R$ 130 milhões - mais de dez vezes o valor investido.

O estudo divulgado na terça-feira é visto por fonte de mercado como uma porta de saída para o Itaú. O banco entregar a maior parte dos papéis - 41%, de um total de 46% - aos acionistas do banco. Essas ações irão para uma nova companhia, por enquanto batizada pelo banco de "Newco". Essa sociedade teria como único objetivo a alocação das ações que o banco possui na XP.

A participação dos acionistas nessa nova sociedade respeitaria a participação de cada um no banco. Parte da participação da XP irá, portanto, para Iupar e Itaúsa (SA:ITSA4) - instituições que, juntas, possuem 46% do Itaú Unibanco e são controladas, em grande parte, pelas famílias Setubal, Villela e Moreira Salles (a Itaúsa tem capital aberto e, por isso, mais acionistas).

Mesmo com a cisão que levaria à alocação de 41% da participação do Itaú nessa nova companhia, restariam 5% nas mãos do banco. Conforme os estudos em andamento, essa participação remanescente poderá ser vendida por meio de uma oferta de ação. O Itaú disse, ontem, que esse movimento deve gerar um aumento do Índice de Basileia do banco.

O Itaú informa que a referida venda, se concretizada, vai " depender das condições aplicáveis de mercado". O negócio ainda estará sujeito à aprovação do conselho de administração, que avaliará detalhadamente as condições a elas aplicáveis e seus efeitos. O banco também ressaltou ontem que esse movimento não ocorrerá durante o ano de 2020.

Briga

A rusga entre Itaú e XP ocorreu com uma campanha publicitária lançada em horário nobre, na Rede Globo, pela qual o Itaú criticava um dos pilares do negócio da XP: a distribuição via agentes autônomos. O banco questionou a remuneração desses profissionais, feita por meio do comissionamento, o que poderia fazer esse profissional indicar ao seu cliente um produto com a melhor remuneração para ele - e não necessariamente para o cliente.

A XP prontamente reagiu. A corretora usa como "mantra" que seu principal concorrente são os grandes bancos, que concentram grande parte dos investimentos dos brasileiros. Roberto Setubal e João Moreira Salles já foram do conselho de administração da XP, mas deixaram o posto antes da abertura de capital da companhia.

Procurada pelo Estadão para comentar o anúncio do Itaú, a XP não quis se pronunciar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.