Investing.com - Após divulgar queda de 0,8% no lucro líquido do primeiro trimestre do ano, indo para R$ 155 milhões, as ações da Smiles (SA:SMLS3) são negociadas em forte queda de 3,91% a R$ 68,11, com a expansão da receita operacional ofuscada por menor receita financeira e maiores despesas.
O faturamento bruto da empresa no período foi 17,8% maior do que no primeiro trimestre de 2017, para R$ 507,7 milhões, apoiado em parte na evolução de 24,1% no volume de milhas acumuladas e de 17,8% em milhas resgatadas.
O programa atingiu 14,2 milhões de participantes no primeiro trimestre, representando uma expansão de 14,9% na comparação anual. Já a receita líquida teve evolução menor no comparativo anual, de 7,5%, a R$ 247,1 milhões.
O resultado financeiro teve redução de 23,9%, principalmente decorrente da redução da taxa de juros da economia.
A empresa que administra redes de fidelidade de clientes Smiles deve começar a operar na Argentina até o final deste ano, em sua primeira expansão internacional, e que ocorre em um momento em que o governo local eleva taxas de juros que no Brasil vinham ajudando o resultado financeiro da empresa.
A companhia espera faturar na Argentina por volta do último trimestre deste ano e fez parceria para oferta de passagens aéreas com a companhia local Aerolíneas Argentinas. A parceria não é exclusiva e a empresa poderá buscar novas companhias nos próximos anos, disse o presidente da Smiles, Leononel Dias.
Enquanto isso, as despesas operacionais subiram 22,2 por cento, a 50,5 milhões de reais, com a elevação de 29,5 por cento das despesas comerciais com marketing, maiores gastos com pagamento de comissão de cartões e com atendimento a clientes.
Na outra ponta, a receita de breakage atingiu 90,6 milhões de reais, crescimento de 17,3 por cento. A taxa de breakage, que mede quanto das milhas venceram sem terem sido resgatadas pelos clientes, foi de 19,1 por cento, alta de 1,7 ponto percentual sobre um ano antes.