A Arezzo&Co (BVMF:ARZZ3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 102,7 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 7,1% em relação a igual intervalo de 2021. A cifra foi impactada positivamente pelo resultado operacional e negativamente devido ao crescimento das despesas financeiras decorrente principalmente do arrendamento vinculado aos contratos de aluguel, segundo o release de resultados divulgado nesta quinta-feira, 9.
O Ebitda ajustado da Arezzo&Co somou R$ 190,8 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, 3% acima do quarto trimestre de 2021. A margem Ebitda ajustada ficou em 14,6% ante 17% um ano antes.
Como destaque positivo, o CFO da companhia, Rafael Sachete, cita o desempenho da receita, que chegou a R$ 1,311 bilhão nos últimos três meses do ano passado, crescimento anual de 20%. No ano e no critério ajustado, a cifra subiu 44,8% ante 2021, para R$ 4,233 bilhões. "O crescimento permeia todas as marcas do grupo. Não é um movimento isolado", avalia o executivo em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O retorno sobre capital investido (ROIC) ajustado ficou em 28,4%, desconsiderando o ágio proveniente das últimas aquisições da Arezzo&Co (AR&CO, Carol Bassi e Baw), bem como créditos extemporâneos e elementos de caráter não recorrente. A taxa era de 22,9% no final de 2021.
A Arezzo&Co encerrou 2022 com caixa líquido positivo em R$ 75 milhões. O endividamento total da empresa era de R$ 402 milhões em dezembro passado comparado a R$ 535 milhões um ano antes. "Isso nos conforta para continuar com estratégia de crescimento da marca core, expansão de lojas e novas fusões e aquisições", relata Sachete.
No ano passado, o grupo ultrapassou o marco de mil lojas. Fechou o último trimestre com 1.013 unidades, com 72 aberturas líquidas, sendo 41 franquias e 31 próprias em 2022.
O sell out de vendas diretas para o consumidor (DTC), incluindo franquias, web e lojas próprias, chegou a R$ 1,4 bilhão entre outubro e dezembro de 2022, avanço anual de 17%. A tendência segue positiva para o primeiro trimestre de 2023. Até o final de fevereiro, a empresa registrou crescimento de 23% no sell out DTC em relação a igual intervalo de 2021.