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SÃO PAULO (Reuters) - A agência estadual paulista para regulação de serviços públicos, Arsesp, vai protocolar nesta terça-feira multa de R$22,7 milhões contra a Sabesp (BVMF:SBSP3) por vazamento de esgoto no Rio Pinheiros, uma autuação que vem cerca de um ano após o leilão de privatização da empresa.
Segundo a Arsesp, a multa foi aplicada em razão de vazamento "decorrente de falha em bomba da Estação Elevatória de Esgoto (EEE)", após conclusão de processo de fiscalização. A empresa pode recorrer no prazo de 15 dias após a notificação, informou a agência.
A Sabesp, que passou a ter seu comando dividido entre o grupo Equatorial (BVMF:EQTL3) e o governo do Estado de São Paulo após leilão de julho de 2024, afirmou em comunicado à imprensa que "pede desculpas pelos transtornos".
A empresa citou que o lançamento de esgoto no rio deveu-se à falha em equipamento da EEE, "cuja vida útil venceu há 5 anos e, portanto, trabalha de forma instável devido à falta de investimentos em manutenção".
O Rio Pinheiros tem sido alvo de promessas de despoluição ao longo das últimas gestões do governo estadual. Em 2019, o então governador João Doria chegou a prometer a despoluição completa do rio até o final de 2022.
Segundo a Sabesp, quatro bombas auxiliares, de menor porte, serão instaladas na estação elevatória para ajudar a bombear o esgoto. A previsão é que os equipamentos entrem em operação em até 20 dias.
O vazamento do esgoto no rio ocorreu na sexta-feira passada. "Para corrigir o problema de forma definitiva, a nova gestão da Sabesp destinou R$20 milhões para a renovação completa da estação", afirmou a empresa, citando que os equipamentos, de 13 metros de altura, estão sendo fabricados no exterior e que técnicos realizam a manutenção corretiva das bombas atuais.
"A empresa não realizou as devidas substituições antes por falta de recursos, pois, na última década, priorizou investimentos em água, com dois terços do volume de recursos aplicados nesta frente", afirmou a Sabesp no comunicado, citando que com a privatização a empresa "inverteu essa proporção" e que passou a ter "capacidade de investimento 2,5 vezes maior, o que permitirá resolver esses e outros problemas historicamente conhecidos pela empresa, poder concedente e sociedade".
(Por Alberto Alerigi Jr.)