Investing.com - O dólar ficou mais fraco contra as principais moedas mundias na sexta-feira, uma vez que a queda dos preços do petróleo e do yuan da China arrastou os mercados e diminuiu as expectativas para aumentos rápidos nas taxas por parte do Banco Central dos EUA (Fed) no próximo ano.
O dólar caiu contra o euro, com EUR/USD subindo 0,48%, para 1,0992, para terminar a semana com ganhos de 1,03%.
O dólar operou em baixas de cinco semanas contra o porto-seguro representado pelo o iene, com USD/JPY caindo para 120,57, antes de ficar em 120,99 no final do pregão. O par encerrou a semana em baixa de 1,81%.
O dólar também caiu em relação ao franco suíço e à libra, com USD/CHF em 0,9826 no final do pregão e GBP/USD em 1,5217.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, encerrou o dia estável em 97,61, saindo das altas de 98,19. O índice encerrou a semana em queda de 0,8%.
A queda do dólar veio uma vez que o preço do petróleo operou nos níveis mais baixos desde o início de 2009, em meio a expectativas de que um excesso de oferta global vai piorar no próximo ano. A queda dos preços do petróleo tem suscitado preocupações renovadas com a saúde da economia mundial e tem influenciado a inflação global.
O nervosismo dos investidores aumentou uma vez que o yuan da China operou nos níveis mais baixos em quatro anos e meio na sexta-feira, pressionado pelas preocupações com a desaceleração do crescimento na segunda maior economia do mundo e expectativas para o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos.
A maioria dos investidores esperam que o Fed aumente os juros pela primeira vez desde junho de 2006 na sua próxima reunião nos dias 15 e 16 de dezembro.
Maiores taxas de juros nos tornariam o dólar mais atraente para os investidores em busca de rendimento.
No início do dia, o dólar operou em alta após dados terem mostrado que as vendas no varejo nos EUA subiram 0,6% em novembro, após um aumento de 0,2% em outubro.
Os dados sólidos indicaram que a economia está em uma base forte o suficiente para suportar taxas de juros mais elevadas.
Um relatório separado mostrou que o índice de preços ao produtor nos EUA subiu 0,3% em novembro, mas caiu 1,1% em uma base ano-sobre-ano, apontando para uma fraqueza crescente das pressões da inflação devido a um dólar forte e preços do petróleo mais baixos.
Nesta semana, os investidores estarão focando sua atenção no resultado da última reunião do Fed de 2015, na quarta-feira. Relatórios econômicos sobre a inflação, a atividade manufatureira e produção industrial nos EUA também serão observados de perto antes do anúncio da taxa.
Na quarta-feira, dados de pesquisa sobre o crescimento do setor privado na zona euro serão analisados por analistas do mercado para sinais de recuperação na região.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 14 de dezembro
O Japão deve publicar seu índice Tankan de manufaturados e não manufaturados.
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, deve se pronunciar em um evento na Itália.
Terça-feira, 15 de dezembro
O Banco Central da Austrália (RBA) deve publicar a ata da sua última reunião de política monetária, para dar aos investidores uma visão sobre como as autoridades veem a economia e as suas opções políticas.
A Austrália também deve divulgar dados sobre a inflação dos preços imobiliários.
A Suíça deve produzir dados sobre o índice de preços ao produtor.
O Reino Unido deve divulgar um relatório sobre a inflação de preços ao consumidor.
Na zona euro, o Instituto ZEW deve divulgar relatórios sobre o sentimento econômico na Alemanha.
O Canadá deve publicar dados sobre as vendas de manufaturados.
Os EUA devem divulgar relatórios sobre a inflação e a atividade manufatureira na região de Nova York.
No final do dia, o presidente do Banco do Canadá (BoC), Stephen Poloz deve se pronunciar em um evento em Ottawa.
Quarta-feira, 16 de dezembro
A zona do euro deve divulgar dados de levantamento sobre a atividade nos setores de manufatura e de serviços. A Alemanha e a França devem divulgar relatórios individuais.
O Reino Unido deve publicar seu relatório mensal de emprego.
Os EUA também devem divulgar dados sobre os alvarás de construção, construção de imóveis novos e produção industrial. Até o final do dia, na quarta-feira, o Banco Central dos EUA (Fed) deve anunciar sua mais recente decisão sobre a taxa de juros e realizar uma coletiva de imprensa pós-reunião de política.
A Nova Zelândia deve publicar dados sobre o crescimento do terceiro trimestre.
Quinta-feira, 17 de dezembro
Na zona euro, o Instituto Ifo deve publicar um relatório sobre o clima no ambiente de negócios alemão.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre as vendas no varejo.
Os EUA devem publicar relatórios sobre a atividade manufatureira na Filadelfia e os pedidos de auxílio-desemprego.
Sexta-feira, 18 de dezembro
A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre a confiança no ambiente de negócios.
O Banco do Japão deve publicar a ata da sua última reunião de política monetária, para dar aos investidores uma visão sobre como as autoridades veem a economia e as suas opções políticas.
O Canadá deve resumir a semana com dados sobre a inflação e vendas no atacado.