Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu bem menos do que o esperado no segundo trimestre, com os estoques caindo pela primeira vez desde 2011, mas a alta dos gastos do consumidor indica força implícita.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 1,2 por cento, após avanço ao ritmo revisado de 0,8 por cento no primeiro trimestre, informou o Departamento do Comércio nesta sexta-feira. Anteriormente havia sido divulgada expansão de 1,1 por cento no primeiro trimestre.
Economistas consultados pela Reuters esperavam expansão de 2,6 por cento no segundo trimestre.
Embora a queda nos estoques tenha pesado sobre o crescimento do PIB no trimestre passado, ele deve dar um impulso à produção para o resto do ano. O Federal Reserve, banco central norte-americano, disse na quarta-feira que os riscos de curto prazo ao cenário econômico tinham "diminuído".
O governo também publicou revisões dos dados desde 2013 até o primeiro trimestre de 2016. As revisões tratam parcialmente de questões de medição, que tendem a reduzir as estimativas do PIB do primeiro trimestre. O crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2015 foi revisado fortemente para cima a 2,0 por cento, ante 0,6 por cento informado anteriormente.
Os gastos do consumidor foram responsáveis por quase toda a recuperação do crescimento do PIB no segundo trimestre. Os gastos dos consumidores, que correspondem a mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram a uma taxa de 4,2 por cento. Esse foi o ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2014.
Essa taxa de crescimento é provavelmente insustentável, mas economistas dizem que o aperto do mercado de trabalho, o aumento dos preços de moradias e as poupanças mais elevadas devem sustentar os gastos pelo resto de 2016.