SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff mantém a liderança na corrida presidencial, com 38 por cento das intenções de voto, enquanto o candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 23 por cento e o candidato Eduardo Campos, do PSB, tem 9 por cento, mostrou pesquisa do instituto Ibope divulgada nesta quinta-feira.
A nova pesquisa, encomendada pela TV Globo, mostrou estabilidade em relação à pesquisa realizada em julho, quando Dilma aparecia com os mesmos 38 por cento, Aécio com 22 por cento e Campos com 8 por cento, com variações dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais.
Os votos brancos e nulos somam 13 por cento, ante 16 por cento em julho. Os eleitores indecisos ou que não responderam somam 11 por cento, ante 9 por cento no levantamento anterior.
Segundo o Ibope, ainda não dá para garantir que haverá segundo turno, pois as intenções de voto nos candidatos de oposição somam também 38 por cento. Mas nas simulações de segundo turno, Dilma sairia como vencedora contra seus principais rivais, apesar da vantagem da presidente ter recuado dentro da margem de erro em relação ao candidato tucano.
Dilma aparece com 42 por cento dos votos na simulação de segundo turno contra Aécio, que tem 36 por cento. Na pesquisa de julho, Dilma tinha 41 por cento e Aécio, 33 por cento.
Numa eventual disputa contra o candidato socialista em segundo turno, Dilma venceria com 44 por cento, ante 32 de Campos. Na pesquisa anterior, Dilma aparecia com 41 por cento e Campos, com 29 por cento. Neste caso, a vantagem de Dilma se manteve em 12 pontos percentuais.
A taxa de rejeição de Dilma se manteve em 36 por cento, enquanto a de Aécio variou para 15 por cento, ante 16 por cento no levantamento anterior.
A pesquisa ouviu 2.506 pessoas, em 175 municípios, entre os dias 3 e 6 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, e o índice de confiança é de 95 por cento. A pesquisa anterior foi realizada entre os dias 18 e 21 de julho.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO
A percepção dos entrevistados em relação ao governo Dilma também ficou estável, com avaliações variando dentro da margem de erro.
A avaliação ótima/bom variou para 32 por cento, ante 31 por cento em julho, enquanto a avaliação ruim/péssima passou para 31 por cento, ante 33 por cento em julho. A avaliação regular passou para 35 por cento, ante 36 por cento em julho.
Já 49 por cento dos entrevistas desaprovam a maneira de governar da presidente Dilma, enquanto 47 por cento aprovam e 4 por cento não sabem ou não responderam. Na pesquisa de julho, a desaprovação era de 50 por cento e aprovação, de 44 por cento.
(Reportagem de Raquel Stenzel)