Por Nate Raymond
(Reuters) - Um grupo fundado pelo ativista conservador que liderou o processo bem-sucedido na Suprema Corte dos Estados Unidos contra a consideração da raça nos processos seletivos universitários do país processou dois grandes escritórios norte-americanos de advocacia nesta terça-feira por conta de bolsas de estudo oferecidas pelos escritórios a minorias raciais e pessoas LGBT, acusando-os de preconceito ilegal contra candidatos brancos.
A Aliança Americana para a Igualdade de Direitos processou o Perkins Coie, em Dallas, e o Morrison & Foerster, em Miami, dois meses depois de a Suprema Corte dos EUA ter apoiado outro grupo fundado pelo ativista Edward Blum e ter rejeitado políticas de ação afirmativa utilizadas por muitas faculdades para aumentar o número de membros de minorias raciais matriculados.
As ações judiciais, apresentadas em tribunais federais, acusaram ambos os escritórios de advocacia de discriminar ilegalmente candidatos brancos ao limitar quais estudantes de direito poderiam ser considerados para bolsas remuneradas destinadas a promover uma maior diversidade no setor jurídico.
"Excluir estudantes destas estimadas bolsas porque são da raça errada é injusto, polarizador e ilegal", disse Blum, que é branco, num comunicado.
O escritório Perkins Coie disse que não tinha comentários imediatos sobre o processo. O Morrison & Foerster não respondeu aos pedidos de comentários.
As ações judiciais surgiram em meio a um aumento nas contestações legais aos programas de diversidade corporativa em sequência à decisão contrária às ações afirmativas da Suprema Corte, com empresas como Activision Blizzard, Kellogg e Gannett agora enfrentando queixas.