Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da Azul (SA:AZUL4) operam com perdas no início da tarde desta quinta-feira na B3, com desempenho pior ao Ibovespa em dia com predominância do sentimento de aversão a risco. Antes da abertura do mercado, a companhia aérea anunciou que teve prejuízo líquido de R$ 6,1359 bilhões no primeiro trimestre, sendo que no primeiro período de 2019 a aérea registrou lucro líquido de R$ 125,3 milhões.
Por volta das 12h35, os ativos recuavam 5,05% a R$ 11,67, entre as maiores perdas do Ibovespa hoje. O principal índice acionário brasileiro registrava baixa de 1,14% a 76.893 pontos.
O resultado ajustado, excluindo a variação cambial e marcação a mercado, o prejuízo ficou em R$ 975,3 milhões, ante lucro de R$ 113,4 milhões no primeiro trimestre de 2019. A companhia explica que as perdas estão relacionadas principalmente com o ajuste do valor justo de participação da Azul na TAP, de R$ 618,5 milhões, e as perdas com hedge de combustível.
O resultado operacional foi de R$ 173,6 milhões de janeiro a março, com margem de 6,2%. Excluindo os efeitos do impacto da Covid-19 e a depreciação média do real de 18% em relação ao ano anterior, a margem operacional seria de 14,9%, um crescimento de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2019, aponta o relatório.
Nos três últimos meses do ano passado a companhia já havia reportado prejuízo líquido de R$ 2,3 bilhões, e suspendido a divulgação de previsões em decorrência da pandemia de coronavírus.
Na segunda metade de março, em resposta à pandemia, a Azul reduziu seus voos diários em 50%. Esse percentual chegou a 90% em abril. A expectativa é operar 115 voos diários em maio, com cerca de 20 aeronaves, para 38 destinos no país