Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Azul (SA:AZUL4) reportou nesta terça-feira que a taxa de ocupação de suas aeronaves caiu para 73,5% em março, de 80,8% um ano antes, refletindo os primeiros efeitos de medidas ligadas à pandemia de Covid-19, que fez a tráfego de passageiros recuar 24,6%, enquanto a oferta encolheu em 17,2% no período.
"Durante as duas primeiras semanas de março, nós vimos tendências saudáveis de demanda, com o tráfego de passageiros aumentando 20% na comparação anual", afirmou o presidente da Azul, John Rodgerson, em nota.
"Desde então, reagimos rapidamente às mudanças no mercado decorrentes da pandemia do Covid-19, com a capacidade total caindo mais de 50% ano contra ano nas últimas duas semanas do mês", afirmou, acrescentando que de 25 de março a 30 de abril a Azul espera operar 70 voos diretos por dia para 25 cidades do país.
A Azul anunciou no último dia 24 uma redução de 90% de sua capacidade total, destacando que as medidas de contenção e quarentena que estão sendo implementadas em todo o país tornaram inviável a operação de várias rotas da companhia. Outras áreas como a rival Gol (SA:GOLL4) também anunciaram medidas para enfrentar a pandemia.
Nos voos domésticos da Azul, a demanda mostrou declínio de 21,6% e oferta caiu 14,8% no mês passado, resultando em ocupação a 74,5%, de 81% em março de 2019. Nas operações internacionais, a ocupação recuou 10,4 pontos percentuais, a 69,8%, com queda de 34,8% na demanda e de 25,1% na oferta.
Na véspera, a Gol anunciou que a sua taxa de ocupação total caiu para 71,6% em março, de 79,3% um ano antes, em meio ao recuo de 29,7% na demanda e declínio de 22,2% na oferta.
Por volta de 10:40, as ações da Azul tinham alta de quase 12%, enquanto os papéis da Gol valorizavam quase 10%. No mesmo horário, o Ibovespa subia quase 7%.