Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A Azul (BVMF:AZUL4) vê espaço para seguir recompondo margens operacionais, aproveitando-se da demanda forte por voos no Brasil, disseram executivos da empresa aérea nesta quinta-feira.
Ainda assim, enquanto segue recuperando-se dos efeitos da pandemia que atingiu fortemente o setor por cerca de dois anos, a empresa ainda terá queima de caixa no ano que vem.
"Teremos uma leve queima de caixa em 2023", disse o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Azul, Alexandre Malfitani, em teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre.
O executivo evitou detalhar uma previsão, mas disse que a queima de caixa será menor do que em 2022 e que a companhia se sente com amplas condições de financiar essa necessidade adicional de capital.
Segundo o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, as receitas da companhia tiveram novo recorde no mês passado e a empresa vai seguir ajustando tarifas dos bilhetes aéreos, movimento que está sendo seguido pelo mercado diante da forte alta dos preços do combustível de aviação neste ano.
A Azul anunciou nesta manhã que teve prejuízo líquido de 527,3 milhões de reais entre julho e setembro, perda 31% menor do que no mesmo período de 2021, com um receita líquida recorde contrapondo elevação de 85% no preço de combustível e efeito cambial negativo.