Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Uma das maiores vencedoras da aceleração da mudança do varejo físico para o online vivida em 2020, a B2W (SA:BTOW3), deve continuar crescendo em 2021. Em relatórios desta terça-feira (9), a XP Investimentos e o Goldman Sachs recomendam Compra para ação, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 121 e R$ 105.
No fechamento do pregão, o papel registrava queda de 1,27%, a R$ 83, em linha com o Ibovespa, que caía 0,19%, aos 119.472 pontos. Ao longo do dia, a máxima registrada foi de R$ 84,50 e a mínima, de R$ 82,80, com R$ 253,4 milhões em volume negociado.
Na perspectiva da XP, a B2W está bem posicionada para crescer em 2021, considerando a base de comparação mais fraca em relação aos pares, o portfólio de produtos mais diversificado em seu marketplace, o anúncio recente de novas medidas para melhorar a experiência de vendedores e clientes.
Apesar do cenário promissor, o Goldman Sachs revisou para baixo sua projeção de crescimento do total de vendas online (GMV) no quarto trimestre, de 45% para 40%. A estimativa da XP é de crescimento de 51% no GMV, superando os concorrentes. As margens bruta e Ebitda, na visão da corretora, devem cair 1,2 e 1,8 ponto percentual na comparação anual.
Um risco de alta apontado pela XP é a atividade de fusões e aquisições, que a corretora espera que seja materializado ao longo de 2021.
Os riscos negativos, na visão da corretora, são a concorrência, que deve permanecer desafiadora e pode levar a uma pressão em rentabilidade e perda de participação de mercado; a compensação crescimento versus rentabilidade; o posicionamento dos portfólios de investidores; e riscos de governança.
O Goldman Sachs acrescenta à lista o elemento discricionário no mix de vendas, o aumento nos custos e despesas com infraestrutura de entrega e iniciativas omnichannel, e o aumento nas despesas de investimento com a Ame Digital.