SÃO PAULO (Reuters) - Bancários recusaram nesta sexta-feira proposta de reajuste salarial de 7 por cento apresentada pelos bancos e acenaram com possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 30.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), afirmou, em comunicado à imprensa, que a oferta apresentada pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) é "insuficiente" e que aprovou calendário de mobilização com assembleias de trabalhadores marcadas para os dias 25 e 29 para decidir sobre a greve no país.
Segundo a entidade, o índice de 7 por cento representa um reajuste real de 0,61 por cento. A reivindicação dos bancários é aumento de 12,5 por cento.
Por outro lado, a Fenaban afirmou que "a proposta apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um acordo", segundo comentário do diretor de relações do trabalho da entidade, Magnus Ribas Apostólico, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8 por cento, com ganho real de 1,82 por cento. A duração da greve na época levou a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30 por cento nas vendas do varejo do início de outubro.
(Por Alberto Alerigi Jr.)