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Investing.com - As operadoras de telecomunicações europeias deveriam considerar a formação de empresas conjuntas de rede de acesso por rádio (RanCos) como uma rota mais eficaz para aumentar retornos e reduzir custos, sem desencadear a resistência regulatória associada às fusões em grande escala, segundo o Barclays (LON:BARC).
Enquanto o foco dos investidores permanece na consolidação tradicional dentro dos mercados, o banco acredita que as RanCos poderiam oferecer sinergias comparáveis, preservando a competição no varejo.
Embora fusões como Orange/MasMovil na Espanha e Vodafone/3UK no Reino Unido tenham mostrado o potencial para consolidação de mercado "de 4 para 3", o Barclays observa que fusões "de 3 para 2" levantam preocupações elevadas para as autoridades da Comissão Europeia.
As RanCos, em contraste, preservam a competição no varejo enquanto entregam sinergias de rede, potencialmente tornando-as mais aceitáveis para os reguladores.
"Acreditamos que as combinações de RanCo oferecem uma rota melhor para impulsionar retornos, enquanto minimizam as preocupações das autoridades de concorrência", disseram os analistas do Barclays liderados por Maurice Patrick em uma nota.
O conceito, que vai além do compartilhamento passivo ou mesmo ativo, envolve a integração completa da infraestrutura de rádio móvel e do espectro.
"A criação de uma RanCo leva a cooperação muito mais a fundo, envolvendo a combinação de infraestrutura de rádio nacional e espectro. Embora a maioria das operadoras tenha parado antes disso, não é um conceito novo nas telecomunicações da UE", continuou a nota.
De acordo com o Barclays, este modelo poderia desbloquear economias substanciais de custos — cerca de 20% dos custos operacionais e de capital relacionados à RAN — traduzindo-se em um aumento de 15% no fluxo de caixa livre operacional (FCF) pro forma.
Além da eficiência de custos, as RanCos também poderiam limitar distorções de mercado causadas por estratégias agressivas de preços de MVNOs e reduzir custos de leilões de espectro ao consolidar licitantes.
"Isso, em nossa visão, aumenta o escopo para elevar o ROCE (via escala de rede) enquanto apazigua a necessidade/desejo das autoridades de concorrência da CE de manter os níveis de competição no varejo", disseram os analistas.
Eles estimam que a criação de RanCos poderia impulsionar uma valorização de mais de 80-100% nas ações devido a uma combinação de sinergias de custos e efeitos de reavaliação. Embora o modelo enfrente barreiras — incluindo complexidades de governança e relutância das partes interessadas — a empresa acredita que o potencial de valorização supera os desafios.
Entre as telecoms de grande capitalização, o Barclays destaca Espanha, Alemanha e Suécia como mercados-chave para o potencial desenvolvimento de RanCos.
Ações com alta opcionalidade incluem Zegona Communications (LON:ZEG) e Tele2 (ST:TEL2b), enquanto a Cellnex Telecom (BME:CLNX) poderia enfrentar dificuldades devido à maior consolidação de infraestrutura.
Orange SA (EPA:ORAN) na França e Telecom Italia (BIT:TLIT) na Itália também foram destacadas como empresas positivamente expostas.
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